28.12.12

Recomendo tratamento psiquiátrico voluntário

Para as pessoas que acham que estão com algum problema psiquiátrico mas nunca foram diagnosticadas, eu recomendo ENFATICAMENTE que busquem um atendimento psiquiátrico / psicológico VOLUNTARIAMENTE.

Essa questão me foi feita algumas vezes. O que eu digo é que o principal problema dos atendimentos em saúde mental são os atendimentos INVOLUNTÁRIOS, ou melhor, o principal problema são as internações involuntárias. Por isso chego a aconselhar a quem acha que está precisando de atendimento psiquiátrico a procurar atendimento psiquiátrico voluntariamente, para evitar um surto que cause internação involuntária.

Quando você busca uma consulta psiquiátrica voluntariamente, pela primeira vez, você tem várias vantagens:
Você pode escolher.
Caso você mude de ideia você pode deixar o atendimento, sem maiores problemas.

Uma vez que a gente é internado involuntariamente, a coisa complica.

Para começar, ao sair de uma internação psiquiátrica involuntária, profissionais de saúde mental dizem para os familiares vigiarem o paciente psiquiátrico. Uma indicação absurda, pois como se pode vigiar alguém sem mantê-lo preso? Se querem manter o paciente psiquiátrico preso, porque não deixá-lo no hospício de uma vez? Isso é apenas um pretexto para culpar os familiares, em caso de recaída. Ou melhor, um pretexto de maus profissionais para evadirem qualquer responsabilidade. Assim a culpa não seria do mau atendimento psiquiátrico, mas sim do familiar que não vigiou direito.

A-B-S-U-R-D-O!!!

Quando a gente é internado INVOLUNTARIAMENTE, praticamente perdemos todos os direitos. LITERALMENTE, perdemos a razão. Praticamente viramos escravos, ou seja, viramos posse. Quando estamos internados involuntariamente, somos posse do hospital psiquiátrico, quando estamos em casa somos posse da família. Profissionais de saúde mental e familiares viram nossos senhores, como senhores de escravos. Passamos a sofrer todo tipo de estigma absurdo.

Caso uma pessoa que foi internada involuntariamente não goste da medicação e se recuse a tomá-la, profissionais dizem que a pessoa se recusa a tomar por "sintoma da doença", e não porque a medicação está errada, ou está fazendo efeito contrário ou simplesmente porque a pessoa não quer mais.

Caso uma pessoa internada involuntariamente não goste do terapeuta, dizem que ele não gosta por "sintoma da doença", "está com mania de perseguição", "está cismado", etc.

Por isso eu deixo a dica: se você nunca foi diagnosticado com transtorno mental, mas acha que está com algum problema, procure atendimento voluntariamente, pois o estigma da internação involuntária é a pior coisa. E, infelizmente, ainda não há cura para o estigma.
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22.12.12

Existência sem vida - Dasein ohne Leben - Egzystencja bez zycia

Infelizmente, muitos profissionais de saúde mental acham que um doente mental não tem consciência de nada. E infelizmente eles dizem isso aos familiares e os familiares acreditam. Por isso, os amarram em camas e os agridem de outras formas, convencidos de que não sofrerão, pois sequer lembram, pois eles acham que os pacientes só têm consciência quando estão "estabilizados" tomando psicotrópicos.

Essa ideia vem da psiquiatria antiga. Corrigindo: essas ideias formam a PSIQUIATRIA MODERNA, formam a base da psiquiatria moderna, pois antes a coisa era ruim, mas não chegava a esse ponto absurdo. Essas ideias continuam de uma forma diferente, hoje em dia.

Na época da segunda guerra mundial, psiquiatras pensavam assim. Enquanto hoje querem manter os pacientes psiquiátricos tomando drogas que geram outras doenças horrorosas com efeitos colaterais monstruosos, na época da Segunda Guerra eles achavam que estavam fazendo caridade aos pacientes ao exterminá-los em câmaras de gás, pois tinham certeza que se os pacientes fossem capazes de pensar com a razão desejariam isso.

Abaixo a tradução livre de alguns trechos da propaganda nazista do programa T-4. Ou melhor, código Operação "Aktion T-4". T-4 quer dizer "Rua Tiergarten número 4" do alemão "Tiergartenstraße 4". T-4 era tipo um CAPS da época, um local de caridade para os pacientes psiquiátricos generosamente criado pelo governo nazista. (Desculpem a ironia, mas não deu para resistir!)

"A doença mental é um mal hereditário. Um dos maiores perigos para a saúde de uma nação. Uma existência sem vida. Manicômios públicos e privados foram construídos no coração da maravilhosa campanha alemã. Manicômios novos e ainda maiores que atendem todas as exigências da medicina MODERNA. (...) Apesar de todos os esforços de nossa psiquiatria, muitos de nossos doentes mentais continuam incuráveis. É um erro pensar que doentes como esses podem sentir felicidade ou interesse pela vida. Estão presos a vida apenas por costume. Vamos dar um destino clemente que livre essas criaturas infelizes dessa existência. Como é cruel manter vivos pessoas espiritualmente mortas. Sempre as mesmas ideias loucas. Sempre o mesmo comportamento idiota. (...)Se eu tivesse uma doença mental incurável, preferiria morrer. E estou convencido que qualquer pessoa sã pensa da mesma forma. E estou convencido que qualquer doente mental, se pudesse entender sua própria condição, ia querer dar um fim a uma vida assim. Não seria uma caridade? Livre quem não se pode curar."

17.12.12

Os perigos dos hospitais psiquiátricos fechados e longe dos olhos do povo

Recebi uns comentários muito importantes e que valem a pena replicar.

A filha de Nercinda Heiderich morreu depois de oito dias de internação numa clínica psiquiátrica. Isso realmente dói.

Ela havia tentado falar com a filha, mas foi proibida por "regulamento da clínica".

Ela diz no comentário: "Eles não permitem que entremos nos alojamentos, somente até o pátio de visitação e depois, de pelo menos, 5 dias."

É um absurdo que esse hospital psiquiátrico continue aberto depois de um caso desses.

E aconteceu algo mais absurdo ainda: a mãe ficou desesperada e fez acusações contra o dono da clínica. Resultado: o dono da clínica se sentiu ofendido e decidiu processá-la. Que tipo de monstro tem coragem de processar uma mãe que perdeu a filha dessa maneira trágica?

Familiares de pacientes psiquiátricos, prestem a atenção:

Precisamos URGENTE de uma Lei que garanta o direito do familiar ter acesso ao paciente internado SEMPRE.

Enquanto essa Lei não existe, RETIRE o paciente do hospital IMEDIATAMENTE caso não deixarem vê-lo.

No próprio CAPS eu já soube de pacientes que abusaram sexualmente de outros, e eu garanto que num hospital psiquiátrico fechado o risco É BEM MAIOR.

Gente, preste atenção, há casos de psiquiatras que abusaram sexualmente de pacientes psiquiátricos em outros países, e foram presos por isso, mas é muito difícil um psiquiatra que comete abuso ser julgado e preso, pois bastaria ele dizer que a paciente falou sobre abuso por estar delirando, imaginando coisas. E infelizmente, a palavra do psiquiatra tem mais poder que a palavra do papa.

Psiquiatras têm um poder que nenhum ser humano deveria ter. O poder de decidir quem está com a RAZÃO e quem não está, afinal, na nossa cultura quem está louco PERDEU A RAZÃO.

Por isso, pacientes psiquiátricos deveriam ser internados em HOSPITAIS GERAIS. Por isso que enfermarias psiquiátricas devem estar a vista do público, nada de enfermarias psiquiátricas fechadas! A vista do público para que o público geral possa inspecionar e rejeitar abusos, e não para exibição, como acontecia nos manicômios de antigamente.
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8.12.12

Documentário: adolescentes e crianças mortas por efeitos colaterais de medicações psiquiátricas / psicotrópicos

Às mães e pais que já tiveram filhos mortos depois de começar a tomar medicação psiquiátrica eu só posso dizer: sinto muito. Às mães que ainda não sabem o que é isso eu só posso dizer: muito cuidado, pois depois quando for tarde demais, não vá reclamar que foi por falta de aviso.

O vídeo abaixo é um documentário extremamente informativo sobre os perigos do uso de medicação psiquiátrica em crianças e adolescentes. Obviamente os psiquiatras e psicólogos tradicionais dificilmente vão alertá-los desses perigos, mas existem uns poucos psiquiatras que estudaram psiquiatria alternativa, como homeopatia e psiquiatria ortomolecular, psiquiatras que DE FACTO querem ajudar.



Evidentemente eu já experimentei efeitos colaterais como pensamentos suicidas ao tomar psicotrópicos e falo por experiência própria.

Existem formas de tratamentos naturais e menos ofensivos. Existem tratamentos alternativos. Cabe a nós exigir que esses tratamentos sejam disponibilizados a todos.
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7.12.12

A línguagem que eu criei na adolescência

Abaixo você pode ver uma página de minha agenda de adolescência. Lá você pode ver, no início da página a linguagem que eu criei para ocultar meus pensamentos sujos adolescentes!...

Era sexta-feira, que eu considerava DIA DE HOTEL. (De brincadeira, é claro, pois eu nunca conseguia sair com ninguém, sequer dava um beijinho. Ser poliglota toma mais tempo que as pessoas imaginam!)


A linguagem consistia completamente de LÓGICA MATEMÁTICA, que já me atraía bastante na época.

5.12.12

Psiquiatria, Psicologia e suas ideias não científicas e altamente destrutivas (Resposta a "13")

Conversando com profissionais de saúde mental, eles deram a entender que eles acham que os pacientes psiquiátricos têm vergonha de sua condição mental.

O que dá vergonha é a forma que os profissionais de saúde mental tratam as doenças mentais, fazendo piadinhas. Se uma pessoa zomba de doença mental, com certeza essa pessoa NÃO NASCEU PARA ESSE TRABALHO.

Eles dizem coisas do tipo, "ninguém precisa saber que você faz tratamento psiquiátrico." Ora, eu mandei fazer uma camisa escrita "PACIENTE PSIQUIÁTRICO". Com certeza não foi para esconder minha condição. Se eles não conseguem entender isso, com certeza não são capazes de tratar de nenhum paciente psiquiátrico, apesar de, talvez, terem boas intenções.

Infelizmente as pessoas desconhecem a natureza dos delírios paranoicos.

Ora, existem religiões, crenças. Por que eu deixaria de acreditar, por exemplo, que um extraterrestre que eu vi existe só porque um doutor disse que é delírio? Não faz sentido. Quem lhe deu autoridade para dizer se o que eu vejo é real ou não? Ele não pode ver através de meus olhos, não pode ver através de meus sentidos. Não pode sentir através de meus sentidos.

Os psicotrópicos podem até servir para alguma coisa, mas os profissionais de saúde mental, em sua maioria, sequer sabem prescrever, analisar e diagnosticar. A culpa não é deles. Mas a coisa TEM que mudar.

Psiquiatras e psicólogos não são mágicos, não podem conhecer um paciente sem exames laboratoriais OBJETIVOS. Cabe a nós que amamos a ciência lutar para que no futuro haja esse exames.

NÃO ACREDITO nos diagnósticos dos profissionais de saúde mental, pois todas as ideias que eles fizeram sobre mim ESTAVAM ERRADAS.

Ninguém mais do que eu gostaria que todas as ideias da psiquiatria e da psicologia fossem fatos. Ninguém mais do que eu gostaria que os psicotrópicos tivessem toda a eficiência que dizem ter. Pois assim bastaria tomar uns comprimidos e todos meus problemas MENTAIS estariam resolvidos, da mesma forma que o remédio "1 minuto", para dor de dentes REALMENTE alivia a dor em 1 minuto.

A única coisa que os psicotrópicos já me fizeram foi me fazer dormir. Porém as lembranças da paranoia continuaram. E foram somadas ao desconforto causado pelas drogas psiquiátricas e aos maus-tratos.

A única forma de apagar lembranças, sejam paranoicas ou não, seria LAVAGEM CEREBRAL. Porém quem disse que eu quero apagá-las? Para que eu ia querer apagar o que eu vi, seja paranoia ou real?

Apagar as coisas não faz que deixem de ser reais. A única solução seria PROTEGER outras pessoas das coisas desagradáveis que passei em minha infância, em minha adolescência e nos hospícios, fazer o máximo para que outros não tenham que experimentar o que experimentei. E é isso que estou fazendo.
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3.12.12

Profissionais de saúde mental que desrespeitam o direito a crença - INACEITÁVEL

Quantas vezes eu tive que tolerar profissionais de saúde mental proibindo pacientes psiquiátricos de até dar "Graças a Deus". Profissionais de saúde mental dificultam o acesso de religiosos aos hospitais psiquiátricos, o que desrespeita um direito constitucional. Isso é inadmissível.

Além disso, profissionais de saúde mental nunca deveriam dizer aos pacientes sua orientação religiosa, pois isso acaba por influenciar os pacientes. Principalmente porque SABEMOS que no Brasil há uma certa RELIGIÃO ELITISTA preferida por pessoas de classe alta, mas totalmente rejeitada por pessoas de classe baixa.

Muitos doutores têm religião, mas não respeitam a religião dos outros e chegam a ser INTOLERANTES.

Mas o problema é mais complicado ainda. Pois até certos DIAGNÓSTICOS DA PSIQUIATRIA chegam a desrespeitar o Direito Humano da crença, apesar de ninguém se dar conta.

A Declaração Mundial dos Direitos Humanos diz:

Artigo 18°
Toda a pessoa tem direito à liberdade de pensamento, de consciência e de religião; este direito implica a liberdade de mudar de religião ou de convicção, assim como a liberdade de manifestar a religião ou convicção, sozinho ou em comum, tanto em público como em privado, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pelos ritos.


Ora, isso quer dizer que se alguém jura que viu um alienígena, por exemplo, nenhum médico pode considerar sua visão um delírio, pois não é um delírio, é uma crença. E o direito a crença é garantido pela Declaração Universal dos Direitos Humanos. Apenas o paciente pode decidir o que é delírio ou não. O papel do médico é ajudar a pessoa a se livrar de um delírio incômodo, e não tentar decifrar a mente do paciente, o que é IMPOSSÍVEL.

Por exemplo, às vezes eu vi coisas que até eu podia perceber que era por causa de meus surtos, logo considero delírio. Porém em outros momentos eu vi coisas que eu tenho certeza que eram reais, como uma Luz Estranha que vi vindo em minha direção uma vez.

Não era desse planeta. Estou certo disso. Ninguém vai me convencer que era delírio, nem admito que ninguém tente. Eu consideraria um grande desrespeito. Pois sabemos que ninguém pode provar que não existe extraterrestre e eu várias outras pessoas não podemos provar que há, mas temos certeza que vimos e exigimos que nossa experiência seja respeitada, sem rótulos.
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2.12.12

Minha pequena coleção de tiras (Adolescência!)

Abaixo eu compartilho algumas das tiras que eu mais gostava em minha adolescência.

Primeiro podemos ver minha coleção de tirinhas do Nani, tiras de jornal, coleção VEREDA TROPICAL. Eu mantinha essas tiras em meu caderno de escola e as lia quando a aula ficava muito chata.


Em seguida vemos minha coleção de tiras do grande desenhista e cartunista Angeli.


Essas tiras foram digitalizadas por mim mesmo.