Hitler, Goebbels, Goering e Himmler foram para o inferno?

De acordo com o cristianismo, suicidas vão para o inferno. Veja a posição da igreja católica em relação ao suicida pelo Cônego José Luiz Villac:
"O suicídio é (...) um pecado gravíssimo que precipita a alma diretamente no inferno." Ou seja, a alma sequer passa pelo purgatório.
Adolf Hitler, Joseph Goebbels, Hermann Göring e Heinrich Himmler cometeram suicídio, sendo que Joseph Goebbels cometeu suicídio depois de envenenar os seis filhos. Mesmo se eles não tivessem cometido todas as atrocidades que cometeram, iriam para o inferno por causa do suicídio, de acordo com a igreja, e de acordo com a doutrina espírita; apesar de a doutrina espírita claramente admitir um perdão de Deus in extremis (como podemos ver nos livros O Martírio dos Suicidas e Memórias de um Suicida).

Quando eu me pergunto se Adolf Hitler, Joseph Goebbels, Hermann Göring e Heinrich Himmler realmente foram para o inferno não é por eu achar que as atrocidades que eles cometeram sejam perdoáveis, mas sim por pensar em outras pessoas que estão no governo do mundo e que fazem atrocidades piores e não são sequer condenadas pela opinião pública.

Heinrich Himmler comandava campos de concentração, onde tipos como Josef Mengele faziam experiências sinistras com gêmeos, e pacientes psiquiátricos eram jogados em câmaras de gás no programa Aktion T4. Mas sinceramente, eu preferiria ter sido jogado numa câmara de gás a ter sido submetido a esse tratamento da saúde mental pública. Que a maioria dos profissionais de saúde mental não me odeiem, pois sei que eles seguem o que aprenderam em faculdades, infelizmente seguindo professores de psiquiatria que têm comandado a saúde mental pública por décadas.

Heinrich Himmler e Hermann Göring cometeram suicídio engolindo cápsulas de cianeto, pois é uma morte instantânea; que me dessem cápsulas de cianeto em vez de terem me dado certos psicotrópicos com efeitos colaterais tão terríveis e assustadores, como o efeito do haldol que fez minha língua ficar mexendo como uma cobra, ou o efeito da injeção que me deram no Instituto Philippe Pinel. Profissionais de saúde mental talvez não saibam o que tal injeção faz com a mente. O quarto onde eu estava começou a girar de uma forma que eu não saberia descrever; minha mente e meu corpo sofreram o indescritível. Na hora eu pensei "estou no inferno". Que me dessem cápsulas de cianeto.

E eu preferiria tomar uma cápsula de cianeto a passar por certos constrangimentos. Não consigo sequer culpar os bombeiros que vieram me buscar no SAMU, pois os absurdos que eles me disseram são baseados nas ideias difundidas pelos psiquiatras que formaram o modelo da psiquiatria pública. Eles me trataram como se eu fosse um estuprador. Um deles tentou me convencer a ir na conversa, e a conversa dele foi "você vem com a gente e depois a gente leva você na Vila Mimosa." Ora, eu sou um homem maduro, gostaria de me casar, ter filhos, e não ir para a Vila Mimosa. O outro já foi um pouco mais agressivo e foi logo dizendo "Ou vai por bem ou vai por mal!" e tentando me dar uma chave de braço. Eu consegui acalmar os dois, mas para passar por esse constrangimento, que me dessem uma cápsula de cianeto.

No CAPS, eu encontrei uma mulher de vinte e poucos anos com uma boneca e chupando chupeta, uma outra, paciente antiga disse "eu já não sei quem eu sou". Não preciso lembrar que muitos dos psicotrópicos, se tomados por muito tempo causam danos cerebrais, e transformar um ser humano num vegetal não é salvar uma vida. Que me dessem cápsulas de cianeto para que eu tomasse, antes de ver tais cenas.

Em resumo, se Hitler, Goebbels, Goering e Himmler foram para o inferno, esses doutores que têm modelado a saúde mental pública por décadas, e que deixaram a coisa do jeito que está hoje, devem ir para um inferno dentro do inferno. Eu preferiria ter sido jogado numa câmara de gás.