31.7.12

Novo filme sobre doença mental: "Menos que nada"

O novo filme Menos que nada está contando a história FICCIONAL de um arqueólogo que enlouqueceu e acabou no manicômio.

Este filme pode ser visto na Internet POR TEMPO LIMITADO através da Sunday TV.

Basta seguir o link (clicar): http://sundaytv.terra.com.br/Web/Videos/Filme/35977/Menos-Que-Nada.htm.

É uma pena que, de início não estará passando em todas as salas de cinema do Brasil.

Veja a lista de cinemas onde o filme será exibido:

PORTO ALEGRE

17h30 – Espaço Itaú Cinemas Bourbon Shopping Country – sala 8

15h00, 17h00 e 19h00 – Santander Cultural

RIO DE JANEIRO

16h – Ponto Cine Guadalupe Shopping

O filme mostra o descaso da saúde mental brasileira, e foi bom para que os atores do filme pudessem conhecer a realidade do paciente psiquiátrico, pois tiveram que conviver com pacientes, fazer pesquisas em hospitais psiquiátricos, etc.

É uma pena que o paciente psiquiátrico seja retratado como violento lá. E eu lamento que em um filme que tenta retratar o dia-a-dia dos pacientes psiquiátricos tenha apelado a cenas de sexo.

Informações sobre a exibição do filme conseguidas no blog: http://www.menosquenada.com.br/blog

27.7.12

Então você queria voltar para a Idade Média, Breivik? Ei-la!!

Alguém chamou minha atenção num comentário no blog ao facto que Anders Behring Breivik se considera um membro dos Cavaleiros Templários, uma organização medieval.

Eu não conhecia o termo, por isso decidi pesquisá-lo.

Eu dei uma olhada nos meus dicionários de papel. (Quero dizer, eu não busquei na Internet, pesquisei do jeito antigo.)

Aí eu descobri que Cavaleiro Templário é um membro de uma ordem militar cristã. O termo Cavaleiros Templários é derivado de um termo maior Cavaleiros do Templo de Salomão ((em latim: Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici)), uma ordem que foi fundada pelos cruzados em Jerusalém por volta de 1118 para defender interesses cristãos.

Em seu vídeo, Breivik mostra fotos de pessoas que ele considera heróis do passado, como El Cid Campeador, heróis europeus em sua opinião.

Bem Breivik, se você gostaria de voltar a Idade Média, bem, ei-la!! agora você está sendo analisado, estudado e diagnosticado por vários psiquiatras, e não há nada mais medieval que a psiquiatria. Você merece Breivik! Bem vindo a Idade Média!!

Desculpem pessoal, de fato eu não queria brincar com tamanha tragédia. O que Breivik fez foi horrível, mas ele tem que ser mandado para a cadeia. Não tem sentido rotulá-lo como esquizofrênico paranoico. Já está mais do que na hora dos psiquiatras aprenderem a valorizar seu campo e parar com tais diagnósticos, que mais parece punição, nada mais que isso.

26.7.12

So you wanted to turn back to the Middle Ages, Breivik? Well, you got it!!

Someone called my attention in a comment in the blog to the fact that Anders Behring Breivik considers himself a member of the Knights Templar, a medieval organization.

I wasn't familiar with the term, so I decided to research it.

I looked it up in my paperback and hardback dictionaries. (I mean, I didn't searched it in the Internet, researched in the old way.)

And I found that Knight Templar is a member of a Christian military order. The term Knights Templar derived from the larger term Knights of the Temple of Solomon ((in Latin: Pauperes commilitones Christi Templique Solomonici)), an order which was founded by Crusaders in Jerusalem around 1118 to defend Christian interests.

In his video Breivik shows pictures of people that he considers heroes of old, such as El Cid Campeador, European heroes in his opinion.

Well Breivik, if you would like to turn back to the Middle Ages, well, you got it!! Now you are being analysed, diagnosed and studied by psychiatrists and there's nothing more medieval than psychiatry. You deserve it Breivik! Welcome to the Middle Ages!!

Sorry everybody, I really didn't want to make fun of such a tragedy to our mankind. What Breivik did was horrible, but he has to be sent to jail. There's no point in labeling him as paranoid schizophrenic. It's high time psychiatrists learned to value their field and stop such diagnosis, which seems to be punishment, nothing more than this.

Ser maluco não é o mesmo que ser doente mental

Alguns dias atrás James Eagan Holmes, 24 anos de idade, abriu fogo contra várias pessoas na sala de cinema AURORA (THE AURORA THEATER), em Denver, Colorado, EUA. Os disparos aconteceram na sessão de meia noite, na estreia do novo filme do Batman ou por volta desse horário, já que os investigadores ainda não têm certeza.

Este crime horrível nos traz a memória Anders Behring Breivik, o assassino norueguês que matou tanta gente. A mídia chama esses caras de malucos, e eu não discordo deles (eu não discordo da mídia, claro!). Eles SÃO malucos, com ideias loucas, ideias perversas. Mas o que eu quero chamar a atenção é que ser maluco não a mesma coisa que ser doente mental, ou melhor, ser maluco não é a mesma coisa que ESTAR doente mental.

Não devemos esquecer que pessoas se revoltaram contra governos / estruturas governamentais no passado e foram jogadas em instituições psiquiátricas por pura conveniência. Os poderosos não estariam fazendo a mesma coisa hoje em dia?

Quero dizer, pessoas com doenças mentais não são más. Pessoas que cometem chacinas SÃO. As pessoas querem acreditar que criminosos cometem crimes HEDIONDOS por causa de alguma doença mental. Como se o mau não existisse em absoluto. Mas EXISTE O MAU, e nós pacientes psiquiátricos não somos maus. James Eagan Holmes e Anders Behring Breivik SÃO MAUS!

Mas ainda resta uma questão: será que a mídia, a sociedade e os psiquiatras em geral ROTULAM assassinos de multidões como doentes mentais porque quando acreditamos que a pessoa é doente mental e a dopamos a punição é mais rígida?

E eu sempre digo aqui que várias pessoas concordam com as visões políticas de Anders Behring Breivik, e várias pessoas odeiam muçulmanos, como Breivik odeia, por exemplo.

Há um blog, por exemplo, The Commander Anders Breivik Report ("Informativo do Comandante Anders Breivik", seria a tradução aproximada), que aparentemente apoia Breivik totalmente.

Dê uma olhada e tire suas próprias conclusões. Mas por favor, Mostremos a esses que apoiam ideologias de ódio uma certa tolerância, ou ficaremos como eles. Eles estão exercitando seu Direito Humano de opinião, desde que não cometam nenhuma violência.

25.7.12

Being crazy isn't the same as being mentally ill

A few days ago James Eagan Holmes, 24 years old, opened fire against many people at THE AURORA THEATER, in Denver, Colorado, USA. The shooting took place at midnight premiere of the newest Batman film or thereabouts, since investigators are not sure yet.

This horrible crime reminds us of Anders Behring Breivik, the Norwegian mass murderer. The media calls these guys crazy, and I do not disagree with them (I do not disagree with the media, of course!). they're crazy, with crazed, distorted ideas. But what I want to point out is that being crazy isn't the same as being mentally ill.

We must not forget that people that rebelled against the government in the past were sent to mental institution out of convenience. Aren't the powerful doing the same thing nowadays?

I mean, people with mental illness aren't evil. People who murder masses are. People want to believe that criminals commit heinous crimes because of some mental disease. As if there wasn't evil at all. But THERE IS EVIL, and we psychiatric patients are not bad. James Eagan Holmes and Anders Behring Breivik ARE BAD!!

But there's a question left: do the media, the society and the psychiatrists label mass murderers mentally ill because if we assume the person is mentally sick and dope the person the punishment is more severe?

And I'm always saying here that many people agree with Anders Behring Breivik's political views, many people share Breivik's hatred towards Muslims, for example.

There is a blog, for instance, The Commander Anders Breivik Report, that seems to support Breivik completely.

Check it out and take your own conclusions. But please, show those supporters of hate ideolologies some tolerance, or we will become just like they are [sic], become WHAT they are. All in all they're exercising their Human Right of opinion, as long as they do not commit any violence.

20.7.12

Eu sou um comandante militar do movimento norueguês, disse Breivik - Paranoico?

“Eu sou um comandante militar do movimento norueguês de resistência e do Knights Templar Norway (Cavaleiros Templário da Noruega). Quanto a competência [da corte], eu tenho uma objeção, pois os senhores foram mandados pelas organizações que apóiam a ideologia do ódio, porque isto apóia o multiculturalismo.” Essas foram as palavras de Anders Behring Breivik, ao rejeitar a autoridade da corte em sua primeira audiência pela chacina que ele cometeu, matando 77 pessoas.

Quando Breivik fala sobre multiculturalismo, quer expressar seu ódio contra imigrantes de países mulçumanos. Mas devemos considerá-lo paranoico quando ele diz que ele é “um comandante militar do movimento norueguês de resistência”?

Não estou tão certo, pois muita gente o aplaude. É triste, mas muita gente na Noruega o considera um ídolo, um ícone, um líder, de fato um comandante militar!...

19.7.12

I am a military commander in the Norwegian resistance movement, said Breivik - Paranoid?

“I am a military commander in the Norwegian resistance movement and Knights Templar Norway. Regarding the competence [of the court], I object to it because you received your mandate from organizations that support hate ideology, because it supports multiculturalism,” that’s what Anders Behring Breivik said when he rejected the authority of the court in his first hearing for killing 77 people.

When Breivik speaks about multiculturalism he wants to express his hatred against immigrants from Muslim countries. But shall we consider him paranoid when he says he’s “a military commander in the Norwegian resistance movement”?

I’m not so sure, for many people applaud him. It’s sad, but many people in Norway consider him an idol, an icon, a leader, indeed a military commander!...

9.7.12

Projeto da prefeitura-RJ: Há vagas para usuários de saúde mental

O projeto em conjunto do Comitê para a Democratização da Informática (CDI) e da Secretária Municipal de Saúde e Defesa Civil do Rio de Janeiro leva cursos de informática para a comunidade e dá bolsas mensais de cerca de um salário mínimo para usuários de saúde mental que dão aulas nesses cursos.

Os usuários de saúde mental fazem um curso de capacitação no CDI e caso aprovados passam a ser educadores pelo projeto, dando aulas em Escolas de Informáticas montadas em instituições psiquiátricas ou nas proximidades.

Ainda há vagas para usuários de saúde mental. Certamente é necessário ter um conhecimento prévio de informática.

Quem quiser se candidatar para as vagas contate a coordenadora do projeto junto ao CDI: Lorena Meireles E-mail: lorena.meireles@cdi.org.br

Site do CDI: http://www.cdi.org.br/

Observações: notícias obtidas na prefeitura do Rio, no setor de saúde mental.

8.7.12

Uma pena ter que despertar de um sonho de mel...

Eu acordei na Suíça, numa residência luxuosa, em Davos. Da janela eu via as montanhas verdejantes da Suíça. Bem ao lado da residência havia um lago, onde eu podia ver pessoas praticando esportes, da maneira mais livre possível, livres de roupas, apesar de não fazer calor.

Nas ruas, grande movimentação política.

E do meu lado, uma bela morena.

Este foi meu sonho de sábado para domingo.

Chato ter que sair de um sonho de mel, direto para uma realidade cruel, para não dizer, um PESADELO.

Dos comentários de CATHERINE sobre pacientes psiquiátricos, ela tem razão a meu respeito quando diz "Entendo perfeitamente porque alguns pacientes preferem continuar internados em hospitais ou dormir nas ruas e abandonar família, do que estar em um lar onde ele não pertence."

Com certeza, eu não pertenço a essa família. Mas não porque "a família que não soube estender a mão".

Essa família abusou de mim durante toda a minha infância e adolescência. Estou falando de abusos sexuais, agressões covardes, e outras coisas comuns a familiares inseguros, que se sentem ameaçados diante de alguém mais novo e mais determinado. eu sofri abusos de MAIS DE UM FAMILIAR, aí você vê a complicação.

Enfim, uma família marcada por abusos, pois outros da família também sofreram abusos. Pois como eu costumo dizer, doença mental é PROBLEMA DE FAMÍLIA.

As grandes vítimas de abusos em família são meninas e meninos mais novos, por serem mais indefesos e inocentes. Pois quem abusa É COVARDE.

Por isso, é lógico que não me sinto a vontade diante de quem abusou de mim e passou a vida toda me jogando para baixo.

Quanto ao sistema psiquiátrico, ele é ERRADO, não há dúvidas.

Havia a colônia da Ilha do Diabo, que era para os excluídos da lepra. É uma vergonha que hoje haja colônias que excluem doentes mentais, colônias que excluem pacientes psiquiátricos.

Quando os pacientes não são excluídos em asilos de fachada, como os CAPS, por exemplo, são excluídos em residências terapêuticas.

Existem colônias de pacientes psiquiátricos, como a Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro.

Isso é uma vergonha.

Mas esta situação VAI MUDAR.

1.7.12

Os outros

Tenho lido as últimas publicações de Ezequiel, e, venho pensando sobre. A visão que um familiar tem de ti pode ser completamente diferente da tua. É fato que tu, em surto psicótico, vê, e, ouve coisas/pessoas que ninguém mais vê ou ouve. É a tua cabeça fazendo truques. Mas, me refiro, especificamente, às atitudes e ações diante de um surto.

Ou és humilhado (com insultos psicológicos ou físicos, ou ambos) ou sofres negligência. Adicione isso a um paciente psiquiátrico em crise, e, ele entra rá em desespero por não saber em quem confiar. "Não confio no médico (não só psiquiatra, clínicos gerais podem te atender na emergência, por exemplo), não confio em mim mesmo, muito menos na família que não soube estender a mão".

Entendo perfeitamente porque alguns pacientes preferem continuar internados em hospitais ou dormir nas ruas e abandonar família, do que estar em um lar onde ele não pertence.

O sistema psiquiátrico destrói a individualidade e a autoestima

Ao ser internado pela primeira vez, eu estava realmente confuso. Diziam que eu estava num hospital, mas eu não fui consultado nenhuma vez.

E dizer que um hospício é hospital causa uma confusão na cabeça da gente. Como me diziam que eu estava num hospital, eu imaginei que tivessem tratado de meus dentes enquanto eu estava inconsciente, pois eu realmente precisava de tratamento dentário, muito mais do que tratamento psiquiátrico.

Obviamente não tive nenhum tratamento dentário e nenhum outro tratamento, pois não estava num hospital. Estava num HOSPÍCIO.

Eu nunca era consultado, nenhum médico me perguntou como tinha sido o surto. Eles faziam perguntas aos meus RESPONSÁVEIS.

Saí da internação com a assinatura de meu responsável. A gente ter responsável aos 22 anos realmente acaba com a autoestima de qualquer um. Exageraram a história de minha crise, o que me deixou com medo de mim mesmo.

Eu fazia todo tipo de trabalho ousado e empreendedor antes de minha primeira crise. Depois fiquei com medo de ousar e ser jogado num hospício por isso.

Com medo de fazer trabalhos ousados, comecei a trabalhar num projeto da prefeitura. Porém, depois de trabalhar alguns anos no projeto de inserção social da prefeitura, tive acesso a minha ficha hospitalar atualizada. Me espantei ao descobrir que continuam me colocando sob a tutela de um responsável.

Infelizmente, a única forma de acabar com isso é exigir de volta a cidadania perdida. Por isso decidi bater de frente com o sistema. Não sigo seus tratamentos que destroem a individualidade. Por isso, se eu for internado no futuro me nego a aceitar que alguém fale por mim.

Não sou incapaz. Se quiserem me liberar de uma internação, devem falar comigo, e não com familiares. Não sou incapaz. E se fosse, o Estado que deveria tomar conta de mim. Não meus familiares.