Crônicas e textos sobre saúde mental. Por melhores formas de tratamento do sofrimento psíquico. Pelo fim das internações psiquiátricas involuntárias. Por exames laboratoriais antes da prescrição de psicotrópicos. Pela promoção de tratamentos alternativos. Pelo cumprimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pelo fim dos abusos sexuais e exploração infantil.
8.7.12
Uma pena ter que despertar de um sonho de mel...
Nas ruas, grande movimentação política.
E do meu lado, uma bela morena.
Este foi meu sonho de sábado para domingo.
Chato ter que sair de um sonho de mel, direto para uma realidade cruel, para não dizer, um PESADELO.
Dos comentários de CATHERINE sobre pacientes psiquiátricos, ela tem razão a meu respeito quando diz "Entendo perfeitamente porque alguns pacientes preferem continuar internados em hospitais ou dormir nas ruas e abandonar família, do que estar em um lar onde ele não pertence."
Com certeza, eu não pertenço a essa família. Mas não porque "a família que não soube estender a mão".
Essa família abusou de mim durante toda a minha infância e adolescência. Estou falando de abusos sexuais, agressões covardes, e outras coisas comuns a familiares inseguros, que se sentem ameaçados diante de alguém mais novo e mais determinado. eu sofri abusos de MAIS DE UM FAMILIAR, aí você vê a complicação.
Enfim, uma família marcada por abusos, pois outros da família também sofreram abusos. Pois como eu costumo dizer, doença mental é PROBLEMA DE FAMÍLIA.
As grandes vítimas de abusos em família são meninas e meninos mais novos, por serem mais indefesos e inocentes. Pois quem abusa É COVARDE.
Por isso, é lógico que não me sinto a vontade diante de quem abusou de mim e passou a vida toda me jogando para baixo.
Quanto ao sistema psiquiátrico, ele é ERRADO, não há dúvidas.
Havia a colônia da Ilha do Diabo, que era para os excluídos da lepra. É uma vergonha que hoje haja colônias que excluem doentes mentais, colônias que excluem pacientes psiquiátricos.
Quando os pacientes não são excluídos em asilos de fachada, como os CAPS, por exemplo, são excluídos em residências terapêuticas.
Existem colônias de pacientes psiquiátricos, como a Colônia Juliano Moreira, no Rio de Janeiro.
Isso é uma vergonha.
Mas esta situação VAI MUDAR.
8 comentários:
Eu sempre publicarei todo tipo de opinião e ponto de vista. que NÃO INFRINJAM AS LEIS DO MUNDO, nem as leis da Internet.
Não são toleradas ofensas a nenhuma das pessoas que comentam.
Links para blogs e sites que falem de saúde mental são bem vindos, desde que não sejam sites criados para vender psicotrópicos.
As informações dispostas aqui são CONFIRMADAS através de várias fontes. A qualidade obtida aqui não se consegue da noite para o dia, mas sim de uma experiência de VÁRIOS ANOS.
Portanto, se houver algo a ser corrigido aqui, publique nos comentários, mas COM PROVAS, como eu faço.
Algumas pessoas, ao tomar medicações psiquiátricas ou drogas ilícitas, não sofrem efeitos adversos significativos (como vemos algumas pessoas que fumam a vida toda e morrem de velhice.) Portanto verei como normal algumas pessoas dizerem que nunca sentiram nenhum efeito colateral ao tomar determinado psicotrópico.
Mas qualquer indivíduo que escrever algo contra as informações técnicas mostradas aqui deve PROVAR IMEDIATAMENTE na mesma mensagem, do contrário terei que deletar.
Se quiser me contatar pode ser através de um comentário.
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Caro Ezequiel
ResponderExcluirSe você é muito crítico em relação à sociedade, não deve esperar que a sociedade seja benevolente em relação a você, muito menos que ela siga as suas sugestões. Você é um excluído voluntário.
Eu fui diagnosticada e tratada como psicótica, há dez anos atrás. Dos remédios, só tive efeitos colaterais pavorosos. Cheguei a ter raiva da minha psiquiatra, até que percebi o óbvio: ela estava cumprindo o seu papel. O papel dela era me dar os melhores remédios. Se os remédios, mesmo sendo os melhores, tinham efeitos colaterais pavorosos e não funcionavam, não era a minha psiquiatra nem os remédios que iriam resolver o meu problema (pois eu tinha um problema, claro). Eu sou a cliente nessa jogada. A faca e o queijo estão na minha mão. Troquei a psiquiatra por uma naturopata, mas acima de tudo, EU agi e fui a agente da minha "cura". Cura entre aspas, porque não acho que estava doente e não cobiço o rótulo de "normal" (isso seria perigosamente doentio). Eu não sou uma "privilegiada". Aí onde eu me safei, muitos "privilegiados" afundaram, e muita gente simples triunfou. Não sei qual foi a minha sorte, mas sem dúvida não foi apenas questão de grana.
O sistema psiquiátrico está errado? Não dependa dele. A sociedade está errada? Não faça parte dela. Ou viva, voluntariamente, à margem. Exclusão, em grande parte dos casos, não é um processo de mão única.
Treze
Sorry, mas eu detesto essa postura de vítima...
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Há mais uma coisa: a Suiça é de fato um paraíso, em termos materiais. Mas o Estado lá tem a mão BEM pesada, interfere bastante na vida dos cidadãos (por isso mesmo, há muitos suiços que preferem viver fora de seu país). Na Suiça existem muitos "excluídos" (desempregados, especialmente os estrangeiros). A diferença é que na Suiça um excluído pode até viver bem. Desde que ele tolere a terrível humilhação de ser tratado como incapaz pelo Estado. O tempo todo. A Suiça NUNCA fez essa tal "reforma psiquiátrica". Ricos de países "psiquiatricamente reformados" internam seus familiares doentes na Suiça. Muitas vezes, para o resto da vida. Não é nada fácil sair de um manicômio na Suiça. Claro que os manicômios parecem colônias de férias 5 estrelas. Mas são manicômios. Os tratamentos? São mais ou menos os mesmos de todo o "primeiro mundo": remédio, remédio, remédio. Se você duvida, eu posso te apresentar alguém que, por repetidas tentativas de suicídio, passou 5 anos internada na Suiça. Sabe quem tirou essa pessoa de lá e está conseguindo recuperá-la aqui no Brasil? A família dela.
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Pra mim, a Treze NAO tem razao em criticar sobre a vitimizacao do Ezequiel, causada pela familia dele.
ResponderExcluirTreze deveria respeitar e ser tolerante com o sofrimento dos outros.
A Treze deve se sentir a melhor do mundo! A fodinha que conseguiu se salvar... e acha que o planeta tem obrigacao de ser que nem ela.
Vai cacar a sua turma, coisinha encantada do inferno!
Puxa! Doeu tanto assim?
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E você acha mesmo que eu consegui me salvar? Muito obrigada.
ExcluirMas realmente, vc tem razão. Eu não sou tolerante com o sofrimento. Não acho que ele seja uma coisa que se deva tolerar, entende? Mas é obrigação respeitar o gosto alheio. Vá sofrer, amigão, que eu vou tomar a minha cervejinha quente no inferno.
ResponderExcluirHum... Sorry, foi mal. Eu gosto desse blog e não quero atacar o Ezequiel, longe de mim. A questão é outra e eu vou tentar me expressar sem complicar tanto. É o seguinte: as pessoas de uma forma geral (e os doentes mentais são pessoas) precisam lutar por autonomia, ou serão obrigados a aceitar tutela, seja de suas famílias, seja do Estado. É isso, basicamente. E não adianta reclamar: as famílias não têm estrutura para esse tipo de tutela, e o Estado tem recursos limitados e precisa monitorar os seus pensionistas para que esses recursos não sejam desperdiçados. Se o Estado oferecer tratamento de graça, vai querer ter a certeza de que o tratamento é efetivo e o doente o segue corretamente. Para abolir CAPS, colônias para doentes, residências terapêuticas, tutela de família, etc, os doentes teriam de ser capazes de se virar sózinhos.
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