17.1.07

CAPS DA EXCLUSAO?

CIDADANIA É O FAXINEIRO TÃO IMPORTANTE E ESSENCIAL QUANTO UM DOUTOR

Sugeri a participação dos cozinheiros, faxineiros, seguranças,
administradores e de todos do convívio do CAPS nas "assembléias gerais", não como uma imposição ou obrigação, mas como um direito, uma responsabilidade, uma solidariedade e uma honra. É um direito de todos do CAPS participar das "assembléias gerais", sem exceção. E é um dever da direção do CAPS tornar isso possível. Afinal, para quem não sabe, os CAPS deveriam ter a inclusão social como objetivo, já que os CAPS são geridos por uma ONG (organização não governamental).



Infelizmente a forma que os CAPS funcionam chega a gerar exclusão. Os faxineiros, cozinheiros e seguranças se sentem pequenos diante de tantos "doutores". E são desvalorizados pela direção do CAPS. É como se estivessem no CAPS para receber ordens! Os funcionários que não são técnicos não são incentivados.
Como só recebem ordens, querem dar ordens em alguém. E diante de tantos doutores eles só vêem uns que estão abaixo deles (na opinião deles): os usuários. Por isso querem dar ordens nos usuários. Por isso acham que não tem que pedir licença a um usuário. É como se estivessem no CAPS para receber ordens dos administradores e dar ordens nos usuários. Que estranha hierarquia! Porque na verdade eles são empregados dos usuários! Tanto os faxineiros quanto os administradores são empregados dos usuários da saúde mental!... Se preocupam tanto em dar ordens nos usuários que alguns sequer fazem o próprio trabalho.


Por exemplo. Eles só trabalham quando recebem ordens da administração. Mas para dar ordens nos usuários ninguém precisa mandar. E se eles tivessem a chance de participar das assembléias gerais com direito a dar opiniões e ter as opiniões tão valorizadas quantas as opiniões dos usuários e dos técnicos eles trabalhariam com mais vontade. Pois perceberiam que estão sendo valorizados como pessoas e como trabalhadores. Como isto não acontece eles dão ordens aos usuários
para se sentirem um pouco importantes.


Isso porque a direção do CAPS não valoriza a cidadania. (É claro que isto é uma realidade triste e exclusiva em todos os CAPS, é um problema do IFB.)
Não incentiva a participação de todos nas "assembléias gerais". Por isso muitos funcionários que não são técnicos se veêm desvalorizados, não têm motivação para trabalhar, pois acham que limpar é coisa sem importância e dar ordens nos usuários
é mais importante. E só limpam quando recebem ordens, e quando não recebem ficam batendo papo ou falando no telefone que deveria ser usado só para trabalho.


TRABALHAM COM AMOR, MAS FALTA CONJUNTO E UNIÃO

São visíveis os esforços da maioria dos funcionários do CAPS para fazer um bom trabalho. (Técnicos ou não técnicos se esforçam)É evidente os esforços do cozinheiro, Sr. F, por exemplo. (Apesar dele não ser valorizado a altura). Quando um faxineiro dá ordens a um usuário ele acha que está ajudando. E sem dúvida os técnicos do CAPS estão buscando fazer um bom trabalho. a terapeuta C.
faz um bom trabalho de um lado, a administradora P. busca fazer coisas que estão até além de suas funções. A doutora Cl. faz grandes esforços também, etc.


O problema é que são esforços isolados, sem união, sem conjunto, sem planejamento. O problema é que fazem as coisas sem se unir para pensar juntos. É um tentando ajudar de um lado, outro com boas intenções do outro, mas sem nunca se unirem, a não ser em pequenas "turminhas". Na prática o CAPS não se reune como equipe para discutir e planejar as ações. Existe uma certa reunião de equipe, mas só técnicos podem participar dessa reunião. Sem falar que não se desenvolve trabalho de equipe nessas reuniões. De equipe só tem o nome.

O mais estranho é que na hora de se reunir para acessar o Orkut (site de relacionamento) existe a maior união!!


Pois bem. Os problemas acima mencionados se resolveriam com assembléias gerais solidárias e com a participação de todos, sem exceção. A necessidade da participação de todos nas assembléias gerais se confirmou mais ainda no fim de 2006. Dois dias depois de uma moça sofrer crise no CAPS eu falava com o faxineiro J., e tentava explicar que não havia necessidade de ter medo da moça em crise. (No dia da crise da moça ele estava visivelmente morrendo de medo, e tremia que nem vara seca). Aí chegou o administrador A. e o faxineiro disse que eu estava fazendo acusações!... Aí o administrador disse: "Não quero você por aí falando com os funcionários, não!" Claro que se os faxineiros e outros funcionários participassem de "assembléias gerais" eu não teria que falar com eles "por aí"! E é claro que o local onde o administrador deveria dizer o que ele quer ou não quer é nas assembléias gerais, que ele nunca freqüenta. E ele tem o direito de participar,já que é técnico. Se não participa não tem direito de falar nada. E é claro que tanto os administradores como qualquer outro funcionário do CAPS São empregados dos pacientes psiquiátricos. E se alguém tem que dizer "eu não quero você fazendo isso!" sou eu, que sou o patrão, como outros pacientes psiquiátricos.


No começo deste ano 2007 eu pude ver que o faxineiro J. não limpava a sala da informática (onde eu dou aulas para toda a comunidade) e nenhum outro faxineiro limpava. Parece-me que ele ficou zangado comigo, pois um dia ele abriu a porta da sala com violência gritando: "não pode entrar aí, não!!" E aí eu disse para ele que deveria pedir licença para abrir a porta(pois ele poderia ter acertado alguma pessoa com a porta!). Sinceremente, pedir licença não dói. E o trabalho dele é limpar. E se ele deixa de limpar uma parte ele não está fazendo o trabalho direito. E se ele
não faz o trabalho direito é melhor dar lugar para outros que querem trabalhar. Claro que esse faxineiro está sendo destacado, pois seria bom que ele soubesse que os usuários que estão aqui a anos que sabem das coisas no CAPS, e não se pode dizer coisas sem se saber do que se trata realmente, pois pode chegar a prejudicar os companheiros com mau exemplo. E eu vou esperar pelo dia em que teremos uma assembléia geral de verdade no CAPS.

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