25.2.09

POLÊMICA SOBRE CURA DO HOMOSSEXUALISMO

O que está gerando polêmica atualmente é a música italiana Luca era gay. A música ficou em segundo lugar no Festival Sanremo, o festival da música italiana. Veja a letra da música em italiano e traduzido para o português no meu blog WEBLOGADAO. A mídia está botando lenha na fogueira dizendo que a música fala da cura do homossexualismo. Mas não é bem assim. O movimento gay está revoltado, pois diz que a música é uma afronta aos gays. Muitos religiosos estão satisfeitos, pois consideram homossexualidade pecado. Graças a polêmica, a música já é um grande sucesso pelo mundo.

A música conta a história de Luca di Tolve, que disse ter deixado de ser gay graças ao livro do psicólogo Joseph Nicolosi. A história de Luca di Tolve deve ser vista com muito respeito. Pois Luca di Tolve conta que ele se contaminou com HIV quando era gay. Quando ele deixou de ser gay ele se casou e começou a sonhar em ter um filho, mesmo sendo soropositivo. Isso merece respeito.

Para o movimento gay eu devo dizer que os gays não deveriam se sentir afrontados por alguém falar que foi curado do homossexualismo (ou homossexualidade). Pois da mesma forma que alguém deve ser respeitado por querer ser gay, alguém também deve ser respeitado por querer deixar de ser gay.

Quanto aos religiosos, eu acho que não há razão para intolerância. Quem quer ser gay merece respeito.

Veja como a Folha Online tratou a notícia. Mas o Globo Online deu a notícia com mais clareza. Mas acima de tudo veja a notícia traduzida do inglês em meu blog WEBLOGADAO.

TERAPEUTA DIZ CURAR GAY QUE NÃO QUER SER GAY

O psicólogo terapeuta Joseph Nicolosi escreveu um livro para ajudar os pessoas do sexo masculino que não querem se assumir como gays. Enfim, o livro busca curar pessoas que estão incomodadas por serem homossexuais. O interessante é que ele diferenciou a palavra gay da palavra homossexual. Ele diz que gay é um movimento político. Ele chama de homossexuais não gays aqueles que não querem levar a vida como gays. Ou seja, aqueles que não querem seguir as idéias do movimento político gay, que diz que se deve assumir ser gay sempre. O movimento gay prega o orgulho gay. Veja um trecho do livro abaixo.

Espero ser uma voz em prol do homossexual não-gay - para explicar em termos psicodinâmicos quem ele é, e para obter o reconhecimento pelo seu empenho. Pois homossexuais não-gays são normalmente vistos como um grupo significativo de pessoas, e se a sociedade considera-os, é com um certo escárnio. Sua identidade é perdida entre as fissuras da ideologia popular. O mundo heterossexual os evita, e o mundo gay não os considera como seus próprios.

A profissão da saúde mental é, em grande medida responsável pela negligência do homossexual não-gay. Na tentativa de apoiar a liberação dos gays, tem empurrado para debaixo do tapete a outra população. Por já não categorizar a homossexualidade como um problema, tem colocado em dúvida a validade da luta deste outro grupo.
Veja o resto deste texto na página da Associação Nacional Americana para Pesquisa e Terapia da Homossexualidade (NARTH). Reparative Therapy of Male Homosexuality

18.2.09

MINI-MANICÔMIOS

Paulo Amarante, o político da saúde mental, costuma dizer que às vezes os CAPs, Centros de Atenção Psicossocial, viram mini-manicômios. Ou seja, estão tão mal-gerenciados que se tornam um manicômio menor. E ao observar meu CAPs Rubens Corrêa eu não consigo negar que esse CAPs é um mini-manicômio. Outro dia eu estava urinando no banheiro e uma moça abriu a porta. Eu não tinha esquecido a porta aberta. É que a porta não tem trinco mesmo. É assim que nós vivemos no CAPs. Naturalmente se o banheiro fosse o mesmo para todo mundo os técnicos de saúde mental não iam permitir banheiros sem trincos. Mas há banheiro separado para os técnicos, banheiro com trinco.

O CAPs é muito bom para manter as pessoas fora das crises, pois funciona como os alcóolicos anônimos. Mas o CAPs não gera ressocialização. Como seria possível? A ressocialização acontece quando as pessoas convivem juntas. Mas no CAPs há a separação. Os pacientes psiquiátricos são separados dos profissionais de saúde mental. O almoço é separado, a comida é diferente, os banheiros são separados... logo a ressocialização é impossível. Essa é a falha do CAPS.

O OPOSTO DA RESSOCIALIZAÇÃO

Ao observar as mulheres no CAPs, eu não posso deixar de me preocupar. Imaginem o caso dos banheiros sem trincos. As mulheres ficam totalmente vulneráveis quando vão ao banheiro. E há mulheres que estão confusas. E os homens do CAPs se aproveitam... enfim, é uma coisa bem selvagem. O oposto da ressocialização.

PSIQUIATRA DIZ QUE ECSTASY É MENOS PERIGOSO QUE ANDAR DE CAVALO

Essa notícia foi encontrada no site em inglês FURIOUS SEASONS. E é claro que a declaração gerou polêmica. O que o psiquiatra quis dizer é que, se o ecstasy é perigoso, andar de cavalo também é, pois é uma atividade que oferece riscos. Nem vou comentar mais. Veja a notícia em inglês Psychiatrist Says Ecstasy Less Harmful Than Horse Riding, Controversy Ensues.

COCAÍNA, MACONHA, ANTIDEPRESSIVOS... QUAL É A DIFERENÇA?

Se eu soubesse que me passariam tantas drogas psiquiátricas que nunca me fizeram feliz eu teria experimentado todas as drogas ilegais. Eu só experimentei maconha. Nunca provei cocaína. Eu temia o perigo. Que ironia. O único antidepressivo que me fez sentir um pouco "para cima" foi Survector - amineptina, mas foi retirado do mercado. O que eu sei é que a economia mundial depende tanto das drogas lícitas quanto das ilícitas. Uma das razões para não "legalizar a maconha Ai, Ai, Ai" ... Muito dinheiro em jogo.

O comentário acima é da Ana. Ela estava comentando o que foi dito pelo psiquiatra no site da BBC (em inglês): Não há muita diferença entre andar de cavalo e ecstasy.

12.2.09

JAMES WATSON: "NEGROS SÃO MENOS INTELIGENTES QUE BRANCOS"

Antes de mais nada eu gostaria de lembrar das polêmicas declarações de James Watson, um dos maiores gênios de nossa época. A primeira declaração polêmica dele foi que brancos são mais inteligentes que negros. Ninguém gostou da afirmação, mas ele é o desenvolvedor do DNA. Um gênio! Veja a página NEGROS SÃO MENOS INTELIGENTES QUE BRANCOS.

Outra afirmação polêmica dele foi sobre homossexuais: ele deu a entender que acredita que um dia descobrirão o gene gay. Ou seja, um gene homossexual. E ele disse que quando esse gene for descoberto ele acha que as mães deveriam ter o direito de abortar o filho com o gene gay! Há polêmicos estudiosos que garantem que há um gene gay. Glenn D. Wilson, do instituto de Psiquiatria, fala disso num livro. Se você lê inglês veja a página HOMOSEXUALITY: IT ISN'T NATURAL. E as discussões sobre orientação sexual ser de nascência segue na página em inglês IS SEXUAL ORIENTATION DETERMINED AT BIRTH? E o assunto ainda é discutido na página BORN GAY OR MADE GAY?

Mas por que eu estou falando de James Watson aqui no blog PACIENTE PSIQUIÁTRICO? Simples. É que se fala de gene da esquizofrenia. Se fala de gene de transtornos mentais. E eu queria chamar atenção que colocar a gente que tem um diagnóstico de transtorno mental como destinado ao transtorno por um gene chega a ser discriminatório e preconceituoso. Discriminatório, pois se estaria tratando o portador do chamado transtorno mental como totalmente fora do normal (como James Watson faz com o homossexualismo). Preconceituoso, pois um transtorno mental não torna uma pessoa tão diferente dos outros assim.

No fundo eu acho que todo mundo poderia desenvolver um ou outro transtorno mental. Eu acho que transtorno mental não é desgraça de poucos. Todos em sua natureza são propensos a um ou outro transtorno mental. Depende da situação que leva ao transtorno. Ou seja, muitos nunca desenvolvem transtornos mentais simplesmente por não ter tido nenhum choque forte o suficiente.

ALGUÉM ME DÊ UM COMPRIMIDO DE LÍTIO!

Eu não estou querendo admitir, mas parece que eu fiquei viciado em carbonato de lítio. Hoje eu me abri com a médica sobre os efeitos do carbonato de lítio em mim. Expliquei para ela que enquanto o lítio aumenta a sexualidade do indivíduo, o risperidona abaixa. Ela foi bem sincera e explicou que todos os antipsicóticos (como risperidona) têm como efeito a diminuição da sexualidade. E quando eu vi eu já estava falando de lítio com ares de saudade. Eu até considerei com ela tomar lítio com risperidona. (Já que um aumenta a sexualidade demais enquanto que o outro diminui. Quem sabe se tomando os dois a coisa não equilibra?) Bem, mas é isso.

9.2.09

ESTIGMA

As histórias que eu compartilho não são bonitas. Na verdade parecem as histórias de um monstro. Mas é necessário. Realmente eu não consigo esconder uma antipatia pela psiquiatria tradicional dos hospitais públicos e espero que encontre melhor tratamento com psiquiatras privados e alternativos. A falta de exames ao se fazer diagnósticos é um dos motivos de minha antipatia. Como é que alguém passa uma medicação com efeitos colaterais tão loucos sem fazer um exame laboratorial?

A classificação da psiquiatria é um estigma. Uma marca que os psiquiatras colocam na gente. Pior que a mais feia das cicatrizes. A classificação em si só é uma ofensa. Uma ofensa que não permite defesa. Geralmente os pacientes psiquiátricos são classificados como agressivos. Observem meu LAUDO. Ele descreve o que está no meu prontuário. De acordo com o laudo eu apresentei heteroagressividade.

Ou seja, diz que fui agressivo com os outros. E isso ficou como uma cicatriz. A heteroagressividade passou a ser parte de mim. Se algum dia eu tivesse outra crise, esperariam de mim heteroagressividade. Se algum dia eu me exaltar mais, esperarão heteroagressividade de mim, como esperam de um bicho. E quem disse que eu estava agressivo naturalmente não fui eu. Por coincidência foi um familiar que já me agrediu muito. O médico perguntou “ele estava agressivo?” como quem percebesse agressividade. Como a gente percebe pelo sotaque de alguém que a pessoa é de outro lugar. Nem adiantaria eu tentar argumentar, pois na psiquiatria pública é importante dizer no prontuário de um paciente psiquiátrico que ele é agressivo. Eles estudaram tanto que não conseguem perceber que um paciente psiquiátrico poderia se sentir ofendido ao ser chamado de agressivo.

Interessante observar que se eu tivesse cometido um crime eu não ficaria tão estigmatizado. Volta e meia a gente tem aguentar perguntas invasivas de pessoas que nem sequer são nosso médico. Perguntas como “Você tomou o remédio?”
Com certeza alguém que matou alguém e cumpriu sua pena e se regenerou não tem que aguentar perguntas como “Você não matou ninguém hoje, matou?”

O QUE EU ESPERO DOS PSIQUIATRAS

Antes de mais nada, que informem os pacientes psiquiátricos dos efeitos colaterais da medicação. Depois, que monitorem a saúde dos pacientes, e não os pacientes. Como é isso? Que façam exames para ver como o organismo do paciente está reagindo a cada medicação.

Por exemplo, o haloperidol, o haldol, pode causar a doença de Parkinson. Então que examinem os pacientes que vão tomar haldol para ver a suscetibilidade da pessoa contrair a doença de Parkinson. E que mantenham exames para evitar que a pessoa desenvolva a doença.

Risperidona pode causar doença cardíaca. Então que façam exames para evitar de dar o remédio para quem é mais suscetível.

Que façam exames da tireóide antes de dar carbonato de lítio para um paciente. O carbonato de lítio pode desequilibrar a tireóide se a pessoa for mal diagnosticada. Há a necessidade de diferenciar o transtorno bipolar dos problemas de tireóide. E, infelizmente, isso só pode ser feito com exames laboratoriais. Que façam exames renais antes de dar carbonato de lítio. Se a pessoa for suscetível a doenças renais o lítio não é aconselhado.

Ou seja, que realmente cuidem da saúde das pessoas. Que realmente cuidem da saúde dos pacientes. Que façam exames periódicos para testar a suscetibilidade do organismo dos pacientes. NOTA: para mais informações sobre os psicofármacos acima veja as bulas. Veja as bulas no site BULAS.MED.BR.

5.2.09

RELAÇÃO ENTRE FALTA DE SONO E DEPRESSÃO

Antes de mais nada gostaria de deixar o link da notícia da Agência FAPESP. Uma pesquisa feita na Europa supostamente identificou uma relação entre falta de sono e depressão. Ou seja, a pesquisa buscava identificar a possibilidade do desenvolvimento da depressão em crianças que tem distúrbios de sono. É interessante. Dê uma olhada na página da Agência FAPESP. E observe que nessas pesquisas a influência ambiental no desenvolvimento da depressão sempre aparece também.

INTERNADOS LÁ FORA

Hoje no grupo do CAPs eu pude ver mais uma vez a indiferença dos profissionais de saúde mental em relação ao sofrimento dos pacientes psiquiátricos, os usuários de saúde mental. Esses profissionais não são maus. Só são indiferentes. A médica perguntou para mãe de uma paciente psiquiátrica, "A sua filha deixou de agredir as pessoas? Ela está bem agora?"
O que me surpreendeu é que parece que para tal médica estar bem é quando o paciente psiquiátrico não agride ninguém. Já que ela não perguntou "Ela está feliz? Está vivendo bem?"
Agredir na linguagem da psiquiatria pública não é só bater. É quando a pessoa discute, reclama, xinga... e essa paciente xingava demais. Logo, para a psiquiatria ela era muito agressiva. A mãe da paciente disse que ela não estava agressiva, mas estava muito sensível. Estava chorando à toa. Eu logo pensei "Ela está deprimida. A médica vai pedir para ela vir ao CAPs para examiná-la." Porém não foi o que aconteceu. Para a médica ela não estava agressiva, logo estava bem. Não estava incomodando.

O outro paciente também não estava bem. Estava triste, cabisbaixo. A médica explicou que ele estava tomando uma injeção para garantir que ele ficasse bem. Pois se ele não tomasse a medicação a injeção iria garantir que ele ficasse bem. É que esse paciente é famoso por deixar de tomar a medicação. Logo a injeção era uma forma de monitorá-lo e garantir que ele fique medicado. Que abuso. Em vez de conversar com a pessoa eles forçam uma injeção. Por que não pediram que o rapaz viesse ao CAPs mais vezes? Seria uma monitoração que prejudicaria menos a saúde dele. (Ou você acha que a medicação acrescida da injeção não fazem mais mal?) Ele sentiria que estão dando um voto de confiança para ele.

O outro paciente estava falando demais. Também, no fundo, triste. A outra paciente estava acabando de sair de uma crise. Estava cheia de sonhos. Essa estava bem. Mas vive tendo recaídas.

E eu? Estava bem. Apesar de estar com medo de não funcionar sexualmente. (Efeito da medicação!) Só estava pensando "como é possível o tratamento do CAPs ser tão bom com psiquiatras tão ruins?" É que todos os pacientes que eu mencionei acima são pacientes que não vêm ao CAPs com frequência. E por isso vivem tendo recaídas. Eles ficam mais fora do CAPs. No fundo eles estão internados, mas internados lá fora, não nos hospitais, mas internados em suas crises frequentes. Estão presos dentro de suas crises frequentes, por falta de CAPs. Os pacientes psiquiátricos que frequentam o CAPs com frequência nunca entram em crises.

E o revoltante é que há profissionais de saúde mental que querem tirar alguns pacientes dos CAPs e colocar em ambulatório. E o mais interessante é que os pacientes que eles querem mandar para ambulatório são os pacientes que mais têm recaídas. Esses pacientes também deveriam frequentar o CAPs com mais frequência. Mas os profissionais de saúde não os aconselham a fazer isso. Só quero lembrar mais uma vez que o tratamento do CAPs funciona tão bem porque a idéia do CAPs foi muito boa. O CAPs é um lugar onde pessoas com diferentes problemas se encontram, e esse encontro causa um choque super-positivo. Como nos alcóolicos anônimos. Não necessariamente graças aos profissionais que trabalham lá.

Acho que eu não preciso nem dizer que a minha psiquiatra atual não chega nem aos pés da minha última psiquiatra. A minha última psiquiatra, Dra. Thaisa Leonardo, foi a melhor psiquiatra que trabalhou no CAPs Rubens Corrêa. (Espero que ela não me processe por colocar o nome dela aqui.) Com ela não haveria tanta gente em crise.

Eu fico pensando na situação dos outros. A situação do rapaz que é monitorado por injeção, por exemplo. E é claro, eu não posso ficar quieto enquanto abusos como esse acontecem. Eu sou totalmente contra monitoração. Se alguém me forçasse a tomar injeção para garantir que eu ficasse medicado eu ia preferir a morte a ser monitorado dessa maneira. Essa monitoração é uma das únicas coisas que me fariam cometer suicídio. (Eu adoro a vida, mas isso seria demais.) Imagine se esse rapaz pensar como eu?? E como eu não quero nem pensar na possibilidade do rapaz cometer suicídio eu vou tomar minhas providências. Quanto a médica atual, eu vou ter que fazer um tratamento de choque com ela. Ela vai perceber que está pisando na bola com a saúde das pessoas. Aliás, o tratamento de choque vai servir para todos os psiquiatras do CAPs. Me aguardem.

3.2.09

PACIENTE DIAGNOSTICADA COM ATROFIA MUSCULAR DEVIDO AO USO DE MEDICAÇÃO...

O diagnóstico que ele me deu foi mais ou menos "fraqueza e atrofia muscular devido ao uso de medicação crônica." Ele também documentou grave náusea, convulsões, além de sintomas neurológicos, enxaquecas, sensibilidade à luz e ao barulho, sintomas semelhantes à gripe, dores, etc. O texto acima foi retirado do blog BEYOND MEDS. É de uma paciente psiquiátrica. Ela recebeu um diagnóstico de um clínico geral dizendo que ela teve problemas físicos devido ao uso de medicação por muito tempo. E a medicação que ela tomava era medicação psiquiátrica! Eram psicofármacos para tratar transtorno bipolar. Isso já é uma vitória. Pois, infelizmente, quando um paciente psiquiátrico reclama que a medicação está fazendo mal, há quem diga que o paciente está de frescura.

Também encontrei no blog FURIOUS SEASONS mais informação sobre efeitos colaterais que causam sérios problemas físicos. Na postagem PATIENT DIAGNOSED WITH MUSCLE DAMAGE DUE TO YEARS OF PSYCH MEDS a gente também pode achar informações sobre uma pessoa com transtorno bipolar que precisará de transplante de rim, pois perdeu o rim devido ao uso de carbonato de lítio. Lá a gente pode ler o relato do blog:
Um leitor desse blog está fazendo diálise e precisa de um transplante de rim devido aos danos causados por lítio. Há outros leitores que tiveram familiares mortos por psicofármacos, outros que pegaram diabetes, etc.

Para terminar, gostaria de deixar um comentário que encontrei na página do blog FURIOUS SEASONS:Com muita hesitação, comecei a tomar seroquel semana passada. Eu tinha lido muito sobre o seroquel no seu blog e em outros blogs e estava bastante desconfiado da droga, mesmo depois de eu ter falado sobre os efeitos colaterais potencialmente perigosos com meu médico (não o contrário).

Peguei a receita (para comprar o seroquel), porque eu senti que eu não tinha outras opções, depois de ter experimentado vários antidepressivos e estabilizadores de humor para meus episódios recorrentes de depressão unipolar. Meu médico me disse que o seroquel devia ajudar no meu sono (eu tenho um distúrbio do sono, fibromialgia também) e ele esperava que o sono reparador fosse melhorar meu humor. Dormi bem, pela primeira vez em muito tempo, mas tive dificuldade para levar o dia por várias horas depois que me levantei (felizmente eu tenho uma receita para Concerta).

Este problema continuou por alguns dias, mas eu esperava que esse efeito fosse passar depois. Sábado de manhã foi a última gota, quando me levantei e percebi minhas mãos e antebraços prejudicados. Eu não tinha força nas mãos para segurar as coisas até bem mais tarde. Tive uma idéia baseado naquilo que tenho lido no seu blog, que indica que provavelmente isso é um efeito colateral da medicação continuada e que eu poderia ficar pior, ou quem sabe até mesmo ficar com algum dano permanente. Vou imprimir essa postagem e outras do seu site para levar ao meu psicólogo e ao meu psiquiatra.

Por fim, essa é a postagem número 90 deste blog PACIENTE PSIQUIÁTRICO!

1.2.09

LOUCO DE PEDRA

Eis-me aqui, mais uma vez buscando mostrar diferenças entre loucura e... doença mental. Louco é claro que eu sou. Um louco de um tipo raro. Doença mental? Sim, eu tenho. Mas um monte de gente que nunca falou com psiquiatra e psicólogo também têm. Podem ser considerados doença mental a raiva, o rancor e o ódio. Ódio que muita gente sente por pessoas que acham que são erradas. O ódio que muitos sentem pelos criminosos, por exemplo. O ódio pode ser considerado uma doença mental, já que corroi.

O que me leva a continuar um tratamento mental são causas físicas. eu espero conseguir tratamento para equilibrar meu sono e me livrar de exageros de humor, que não é bom. Infelizmente a maioria dos psiquiatras que têm me tratado até aqui não parecem estar muito preocupados com o bem-estar físico dos pacientes psiquiátricos, já que não aconselham os pacientes a fazer exercício. Infelizmente a parte mais importante de meu tratamento eu tenho feito sozinho. Lendo conselhos dos grandes sábios, que, com todo respeito aos vaidosos doutores, são mais relevantes que terapia de analistas e psicólogos. E complemento meu tratamento pessoal com exercícios.

Um problema que eu vejo na psiquiatria e na psicologia é que me parece que eles querem curar personalidade e caráter. E o laudo médico então? Quanta falta de respeito. A maneira que eles descrevem os pacientes psiquiátricos chega a ser ofensiva. Hipersexualidade, disse o laudo da médica. Quem me dera ter tido hipersexualidade mesmo. Eu relatei em OS CASARÕES - SANATÓRIO o caso em que Estêvão (eu) mostrou o membro sexual para a médica. Eu não fiz isso por estar doente mental. Fiz por ser louco. Eu considerei falta de respeito a médica perguntar se eu tinha manchas. Ela não fez nenhum exame físico. Fez perguntas como se fosse um jogo.

Se uma médica fizesse aquelas perguntas tolas para mim hoje, num hospício, numa internação a força, eu mostraria o membro sexual de novo, já que eu tenho uma mancha lá. Palhaçada. E eu não estou brincando. Eu só lamento, pois eu não estava com hipersexualidade, como disse o laudo. Pois se eu estivesse com hipersexualidade eu ia mostrar o membro rígido quando me perguntassem sobre minhas manchas. E eu ia adorar isso! (com todo respeito) Em resumo, loucos são aqueles decididos, que fazem tudo por uma boa descoberta. Todos os grandes cientistas eram loucos. Loucos são aqueles que ousam mais do que tudo. E eu sou tudo isso.

SOBRE MEU DIAGNÓSTICO

O meu diagnóstico verdadeiro vai ser difícil de conseguir. Pois a classificação que cabe a mim, a minha loucura, só poderia ser diagnosticada por um excelente psiquiatra. E isso não é fácil de achar. Eu era muito ingênuo quando procurei um psiquiatra tempos atrás, na esperança de conseguir melhor tratamento. Que me desse mais garantias de que eu não teria uma outra crise no futuro, talvez perigosa. Ledo engano. O tratamento ideal seria muito mais difícil de encontrar. Mas se os psiquiatras sequer me ouvem, como poderiam descobrir meu verdadeiro diagnóstico? Como poderiam me oferecer melhor tratamento? E na saúde pública, quase impossível. O motivo de meu comportamento nas crises já não é tão difícil de descobrir.

MOTIVO DO COMPORTAMENTO SEXUAL ESTRANHO NAS CRISES

Qualquer psiquiatra ou psicólogo interessado, que conversasse comigo, me ouvisse, e pressionasse os meus familiares para que falassem a verdade, descobriria o motivo de meu comportamento estranho. E dessa forma arrumariam formas de ajudar de verdade. Nas crises eu falava em fazer sexo com um irmão, e o atacava sexualmente. Por que isso? Um forte desejo homossexual incestuoso? Essa é a dedução dos psiquiatras e psicólogos? O motivo é simples. Na infância eu fui abusado sexualmente por esse irmão e por outro irmão. Só que esse irmão seguiu abusando de outras crianças. Por isso, nas crises, eu ligava sexo a ele o tempo todo.

ADMITIR SER COVARDE TAMBÉM É UM ATO DE CORAGEM

Porém, infelizmente, meus irmãos nunca tiveram a coragem de admitir o que fizeram na infância. Nunca admitiram o covarde abuso. Como se fosse coisa normal. Eles fazem de conta que nada aconteceu. E como o doente mental sou eu, é claro que talvez haja quem acredite neles. Seria necessário muita coragem para admitir que se juntaram para fazer isso com um irmão menor. E é claro que eu jamais perdoarei essa mentira, pois abuso não é brincadeira. Cá entre nós, esses irmãos precisam de ajuda muito mais que eu. E é até maldade as pessoas não falarem isso para eles.