14.1.16

Luta Antimanicomial e Comunismo

Uma das estratégias comunistas para chegar ao poder é o APARELHAMENTO das instituições, como descrito pela psiquiatra Iraci Schneider, do Jornal Mineiro de Psiquiatria:

'A “revolução antimanicomial” (...) já aconteceu, há décadas, nos países democráticos mais bem sucedidos, sem qualquer alarde ou politização, como uma evolução assistencial natural decorrente da melhoria das terapêuticas disponíveis.
Isto nos traz de volta aos acontecimentos ao longo das décadas de 70 e 80, que alçaram um grupo de médicos, militantes de esquerda, ao controle progressivo da área de saúde no país todo, através da ocupação das entidades de classe da categoria e da reforma administrativa que redundou no atual SUS. (...)
Não havia ainda aqui, naquele tempo, na rede pública, as modalidades de tratamento extra-hospitalar já usadas no resto do mundo: hospitais-dia, pensões protegidas, centros de convivência. Isto poderia ser implantado naturalmente mas o grupo de militantes precisava de uma bandeira revolucionária, de um perfil redentor. Algo de apelo midiático que chocasse a população e chamasse a atenção, permitindo a entrada daquele grupo para dentro das instituições públicas de saúde, na perspectiva gramsciana de tomada gradual do aparelho do Estado.(...)
Temia-se, à época, falar abertamente contra o regime. A psiquiatria foi a metáfora perfeita, bandeira escolhida a dedo como plataforma eleitoral, principalmente do grupo mineiro e do hoje deputado federal Paulo Delgado.'

O comunismo busca DESMORALIZAR a iniciativa privada, portanto, os comunistas tentam convencer as pessoas que os psiquiatras do setor privado são capitalistas do sistema, que só querem ganhar dinheiro:

'Nós, os clínicos, sabíamos disso na nossa prática. Mas éramos “do sistema”, portanto suspeitos, “carcereiros” que medicavam (“embotavam”) pessoas e as internavam (“excluíam”). Dava-se a entender que a internação tinha caráter punitivo e o tratamento era, na realidade, uma repressão a serviço do sistema. Curiosamente, era este o padrão do que se fazia então no império soviético, onde os dissidentes eram internados e tratados como loucos. As denúncias desta violência eram arrasadoras e constantes nos congressos internacionais de psiquiatria. Estes fatos não se divulgavam, a não ser raramente, na mídia brasileira. O grupo anti-manicomial, cuja prática é bastante ruidosa, omitiu sistematicamente qualquer crítica a esta situação nos anos 70.'

Os oportunistas a frente da "Luta Antimanicomial" nunca mencionam o uso abusivo dos hospitais psiquiátricos no império soviético comunista.

'Um grupo de psiquiatras mineiros ligados ao PCB (Partido Comunista Brasileiro) e PC do B (Partido Comunista do Brasil) articulou a campanha que visava, na verdade, ocupar os cargos de diretoria dos hospitais psiquiátricos da rede pública e os cargos de decisão da FHEMIG (Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais), a diretoria das associações de classe, sindicatos, os cargos de supervisores das residências médicas e os cargos formadores de opinião em geral. A luta anti-manicomial foi apenas o pretexto, nada mais do que a mesma política de tomada do poder institucional na área médica que ocorria em outras especialidades e em todos os estados.'

Observe que NEM TODOS os militantes da "Luta Antimanicomial" são oportunistas, apenas os chefões, os poderosos chefões.

'A campanha anti-manicomial começou em nosso meio com uma série ininterrupta de reportagens dramáticas, ao longo de meses, mostrando fotos horripilantes e denunciando maus tratos nos hospitais psiquiátricos da rede pública. Aterrados, os diretores destas instituições abriram as portas aos detratores, como sinal de boa-fé, numa (vã) tentativa de minorar sua agressividade. Abriram literalmente as portas, alçando os médicos líderes das denúncias a cargos de direção e chefia sem qualquer concurso.'

Reportagens oportunistas, que denunciavam hospitais psiquiátricos públicos para tomar o poder nessas instituições, mas os oportunistas comunistas denunciavam hospitais psiquiátricos privados com o objetivo de derrubar o setor privado, que eles odeiam. E nos anos em que a "Luta Antimanicomial" esteve no poder na saúde mental pública, eles ESCONDERAM maus-tratos acontecidos em muitos dos hospitais psiquiátricos da gestão deles.

'Muitos fizeram fama e fortuna com o tema, criando-se a “indústria da denúncia da indústria da loucura”. O deputado federal Paulo Delgado, cujo irmão é psiquiatra e sanitarista, fez sua carreira política ao escolher como bandeira a luta anti-manicomial.'

Ou seja, a tomada do poder pelos ativistas comunistas gerou também uma espécie de NEPOTISMO. Um deputado chamado Delgado representava a Luta Antimanicomial no Congresso Nacional, passando uma lei "antimanicomial", enquanto um outro, o Pedro Gabriel Delgado era coordenador da saúde mental pública; e já havia uma hegemonia de ativistas da "Luta Antimanicomial" no controle da saúde mental pública.

'Na medida em que a loucura - aliás, no novo jargão, o “sofrimento mental” - era “desmedicalizada”, tornava-se um fenômeno predominantemente sociológico, e com isso a abordagem do paciente podia ser feita por assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras e tutti quanti, abrindo-se assim um novo mercado de trabalho para profissionais para-médicos, fortemente apoiados por seus conselhos de classe.'

Leia o artigo completo da psiquiatra Iraci Schneider em O uso político da psiquiatria: a luta antimanicomial.

E isso já é denunciado nas Diretrizes para um Modelo de Assistência Integral em Saúde Mental no Brasil da ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), que chama a atenção para o fato do psiquiatra ter sido colocado em segundo plano. Eu tenho observado isso no CAPS, através dos anos. Havia no CAPS 4 psiquiatras antigamente. Hoje em dia só há 1 psiquiatra para um número crescente de pacientes. É como se consultas com psiquiatras não fosse importante.

O Blog Reinaldo Azevedo conclui a denúncia contra o golpismo comunista através da "Luta Antimanicomial":

'Em vez de se dispensar tratamento adequado aos portadores de patologias, decidiu-se que o melhor era entregá-los mesmo ao deus-dará. E ao deus-dará ficaram.'

Eu preferiria ter sido morto numa câmara de gás que ser jogado num CAPS e numa família ainda presa aos preconceitos gerados pelo terrorismo criado pelos próprios profissionais de saúde mental, que consideram pacientes psiquiátricos seres perigosíssimos.

'...as pessoas com dinheiro têm o que fazer com seus loucos e com seus drogados. Clínicas que atuam do modo como deveriam atuar os tais manicômios, mas a um preço proibitivo para a esmagadora maioria das pessoas, oferecem aos ricos aquilo de que estão privados os pobres. É a forma que tomou o libertarismo dos bem-pensantes.'

Os oportunistas que ganham vantagens políticas através da "Luta Antimanicomial" obviamente não são libertários. Os hospitais psiquiátricos públicos NÃO têm condições para manter um paciente psiquiátrico lá por mais de uns dois dias! Se houvesse condições nesses hospitais psiquiátricos, eu sinceramente preferiria ficar lá. Mas do jeito que estão esses manicômios públicos, é um abuso indescritível manter pacientes presos lá por toda a vida como eles fazem.

Fonte: A descriminação das drogas e o Movimento Antimanicomial: duas formas que os “humanistas” têm de ser perversos, sem que o saibam - Blog Reinaldo Azevedo

Um comentário:

  1. Anônimo4:17 PM

    Ezequiel, era de se esperar que com a implosão do bloco comunista essa discussão no mundo se arrefecesse ou toma-se um rumo diferente. Temos exemplos bem sucedidos de lugares que superaram esse impasse conciliando politicas publicas e liberalismo. Num mundo globalizado ainda teimamos em não aceitar isso e cá estamos num impasse destrutivo.

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