8.10.14

Quero Justiça!

"Eu não sou perigoso! Eu não sou perigoso!"
Implora um paciente do Hospital Psiquiátrico Judiciário da Itália.
Um outro grita:
"Sou inocente! Sou inocente! Justiça! Quero Justiça! (...) A televisão! A televisão! As pessoas tem medo de falar, eu não tenho medo de falar!"

Programa televisivo italiano, "Presa Diretta", de 2011, de 04:28 a 05:46:
Senador Ignazio Marino:
- É um inferno de esquecidos. Mas a coisa mais grave é que trinta, em alguns casos, quarenta por cento das pessoas que vimos são pessoas que cometeram uma infração que é considerada leve, uma infração que é banal. Por exemplo, encontrei um rapaz que há dezoito anos, enfiou a mão no bolso, fingiu que tinha uma arma e roubou sete mil liras de um bar de Catânia. E desde 1992 está preso lá dentro.

Reporter:
- Não é nem perigoso, né? Só Porque é louco, basta una medida? Não há sequer um processo, né?

Senador Ignazio Marino:
Exato! Esta é a coisa dramática! Se a pessoa for considerada incapaz de entender e de querer não há um processo. A pessoa é trancada em um destes seis "campos de concentração" e depois a coisa é prorrogada, ou seja, a medida cautelar de segurança é prorrogada de seis meses em seis meses, às vezes mesmo por períodos mais longos, (...) e a pessoa acaba lá para sempre.


Eu estou compartilhando esse texto da reportagem de uma inspeção feita num manicômio italiano, pois na Itália a censura é menor que no Brasil, o que me permitirá explicar algumas coisas.

Primeiro:
Considerar uma pessoa que comete um crime como "sem discernimento por causa da doença mental" só piora a situação da pessoa, como foi explicado pelo senador italiano. Veja abaixo um vídeo que me foi sugerido por um leitor, que me permitirá explicar melhor.


Policia 24 horas "O ultimo dos Moicanos"



Esse rapaz de São Paulo estava alterado, mas ele TINHA NOÇÃO DO QUE ESTAVA FAZENDO, sim. Ele estava descompensado, mas não parecia estar tendo alucinações auditivas ou visuais, mas apenas muito revoltado. O fato de ele ter dito que participou da Guerra das Malvinas não chega a ser indicativo de delírio, mas apenas de bravata, para assustar os policiais.

Esse rapaz agitador inclusive mostrou raciocínio, ao falar de danos morais, que aparentemente ele pronunciou errado, dizendo algo como "danos imorais", mas ignorância não o impede de entender o perigo de suas atitudes, portanto, creio que o procedimento mais justo seria que os policiais dessem voz de prisão, de preferência informando as leis que foram quebradas, e usando força policial e arma não-letal, se necessário. Por isso eu digo que pacientes psiquiátricos deveriam ter direito a advogado, e direito a um JULGAMENTO, com direito a júri.

Outra coisa:
Os parentes deveriam ser investigados, a situação deveria ser investigada; pois, muitas vezes, pacientes psiquiátricos ficam alterados por covardia dos parentes.


Italiano
"Io non son pericoloso! Io non son pericoloso!"
Implora un paziente del Ospedale Psichiatrico Giudiziario d'Italia.
Un altro grida:
"Son innocente! Son innocente! Giustizia! Voglio giustizia! (...) La televisione! La televisione! La gente ha paura di parlare, io non ho paura di parlare!"

Programma televisivo italiano, Presa Diretta, di 2011, del 04:28 a 05:46:
Senatore Ignazio Marino:
- È un inferno dei dimenticati. Ma la cosa più grave è che trenta, in alcuni casi, quaranta per cento delle persone che abbiamo visto sono persone che hanno commesso un reato che viene definito bagattellare. Cosa significa? Un reato davvero banale. Ad esempio, ho incontrato, a volte, la sera, non riesco a addormentarmi pensando: c'è un ragazzo che diciotto anni fa, si è infilato la mano in tasca, ha simulato di aver una pistola e ha rapinato in un bar di Catania settemila lire. E dal 1992 è chiuso là dentro.

Reporter:
- Non è veramente pericoloso? Perché è matto, basta una misura? Non è neanche un processo, no?

Senatore Ignazio Marino:
Esatto! Questa è la cosa drammatica! Se si viene riconosciuto incapace di intendere e di volere non si ha un processo. Si viene chiuso in uno di questi sei "lager" e poi si viene prorogata, diciamo, la misura cautelare di sicurezza, viene prorogata di sei mesi in sei mesi, a volte anche per periodi più lunghi, (...) e si finisce lì per sempre.

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