__Pois, é Doutora... eu percebi que aquele remédio não estava fazendo ele dormir. Aí eu aumentei a dose e ele voltou a dormir bem. Disse um familiar de paciente psiquiátrico à Doutora.
__Aquele remédio estava me dando muito sono, daí eu diminui a dose. Disse um paciente.
Ao ouvir isso a psiquiatra protesta e diz que só ela deveria fazer alterações nos remédios.
No movimento da Luta Antimanicomial pacientes psiquiátricos bebem sua cervejinha. Outra psiquiatra tenta protestar:
__Quem toma remédio não pode ingerir bebida alcoólica!
Ninguém liga. No fundo, ninguém mais acredita em psiquiatra. E isso, doutores, é reflexo da falta de sinceridade de vocês mesmos. As pessoas percebem quando vocês estão tentando enrolar. Por isso eu espero que os novos psiquiatras reflitam, e sejam mais verdadeiros.
A DOENÇA QUE NEM DEUS CONSEGUE CURAR
Assistindo um programa evangélico na TV, eu me maravilhava com as curas milagrosas:
__Eu tinha câncer, e Deus me curou. Olha o primeiro exame que mostra que eu tinha câncer, e agora o exame que mostra que eu não tenho mais nada.
Daí outra mulher também mostrou um exame que mostrava que ela tinha AIDS, e um segundo exame que já mostrava que ela não tinha nada. Deus a tinha curado! Houve até uma mãe que mostrou os exames que mostravam que o filho tinha síndrome de down – que segundo ela mesma não é doença, é condição – e mesmo assim o segundo exame mostrava que Deus o tinha curado! Daí eu observei que só um tipo de doença nunca tinha sido relatado nenhum caso de cura: a doença mental. Isso porque não existem exames para indicar a existência de uma doença mental. Muito menos para indicar cura!
Por isso os psiquiatras chamam as doenças mentais de transtornos mentais. Ou seja, se alguém fingir que tem transtorno mental nenhum psiquiatra pode provar que a pessoa tem realmente tal transtorno mental, ou não tem. Por exemplo, para meu trabalho, eu precisava mostrar um exame que indicasse como está minha saúde mental. Daí a médica escreveu um documento cheio de idéias subjetivas dela e me entregou. Um LAUDO MÉDICO. Não houve qualquer exame, qualquer chapa, pois isso não existe na psiquiatria. Apenas observações subjetivas.
OS PSIQUIATRAS QUE ME DESCULPEM
Não é meu objetivo ofender os psiquiatras, mas eles me ofenderam. Me ofenderam quando, ao fazer meu diagnóstico, não aceitaram o meu depoimento, como se o que eu queria dizer não tivesse valor. Me ofenderam com um
LAUDO MÉDICO que me chamou de agressivo, quando na verdade quem foi agredido fui eu. Quem foi amarrado na cama fui eu. Quem apanhou fui eu. Um laudo médico que mais parece um
veridicto moral, como diz a paciente psiquiátrica
Cíntia del Solar. E é bem desagradável ver que os médicos omitem informações sobre os psicofármacos (remédios).
É evidente que um psicofármaco pode ajudar uma pessoa em crise. Mas é evidente também que seus efeitos são devastadores, e vocês psiquiatras deveriam informar as pessoas sobre isso. É uma pena que praticamente não haja site brasileiro que informe as pessoas sobre os efeitos devastadores dos psicofármacos. Mas não tem problema. Eu, pessoalmente, vou traduzir os sites em inglês, para que as pessoas possam ver, aqui, sobre os efeitos dos psicofármacos. E aí vai a primeira notícia:
Pacientes de 30 a 74 anos que tomaram drogas antipsicóticas atípicas como risperidona (vendido como Risperdal), quetiapina (Seroquel), olanzapina (Zyprexa) e clozapina (Clozaril) tiveram um risco bem maior de morte súbita por arritmias cardíacas e outras causas cardíacas que pacientes que não tomam essas medicações. Veja o resto da notícia na página em inglês:
Use Of Atypical Antipsychotic Drugs Increases Risk Of Sudden Cardiac Death In Adults