Todo psiquiatra tem o dever de acatar o desejo de um paciente de parar de tomar medicação e supervisionar a retirada da medicação de maneira segura.
Quando eu era adolescente, tinha um dente que estava totalmente tomado por cáries e às vezes doía muito. Por isso eu queria tirá-lo, mas não tinha condições de ir ao dentista. Eu tentei tirar o dente por conta própria e não consegui. E se conseguisse, nem posso imaginar as complicações que eu sofreria. Arrancar um dente com um alicate de eletricista não é nada seguro! Depois eu pude ir à dentista e extraí o dente de maneira segura. A dentista disse que dava para salvar o dente, mas eu preferi extrair. E se ela se negasse a extraí-lo e eu decidisse arrancar por conta própria, com um alicate de eletricista? Provavelmente aconteceria um desastre, eu poderia sofrer uma infecção, etc. É por isso que na psiquiatria acontecem desastres. Muitas vezes, quando um psiquiatra se recusa a respeitar o desejo de um paciente de retirar a medicação, o paciente retira por conta própria e sofre com a abstinência e tem recaídas.
Quando o paciente tenta deixar de tomar a medicação sozinho corre o grande risco de sofrer pela abstinência da droga psiquiátrica, como ocorre quando se deixa de tomar qualquer droga, como crack, cocaína, etc. Esta é uma das propostas que levarei para encontros de saúde mental, pois se o psiquiatra não aceita fazer a retirada da medicação, o paciente para de tomar sozinho, e quando isso acontece, podem ocorrer recaídas que podem ser trágicas. Uma maneira segura de resolver este problema seria criar uma lei responsabilizando o último psiquiatra de qualquer paciente psiquiátrico que comete suicídio ou algum ato violento ao parar de tomar a medicação sozinho sem o apoio do psiquiatra; pois se o psiquiatra respeitar a vontade do paciente de parar de tomar a medicação e continuar a apoiá-lo com consultas sem medicação, esse tipo de consequência grave não acontece.
Estatísticas reunidas pelo pesquisador Robert Whitaker:
Comparação de Resultados na Era Pre-Drogas (1947, antes da introdução da clorpromazina em 1950) e na Era das Drogas (1967, depois da introdução da clorpromazina).
Grupo de 1947: 45% não teve recaída em cinco anos de alta,
e 76% puderam viver bem na comunidade no fim do período.
Grupo de 1967: 31% não teve recaída em cinco anos de alta,
e como grupo eles se tornaram muito mais "dependentes socialmente" --no que tange cuidado e necessidades de outras formas de ajuda--do que o grupo de 1947.
Fontes: Bockoven, J. “Comparison of two five-year follow-up studies,” Am J Psychiatry 132 (1975): 796-801.
AMERICAN JOURNAL OF PSYCHIATRY ONLINE.
Veja mais pesquisas de Robert Whitaker em:
If We Follow the Scientific Evidence, What Must be
Done to Promote Good Long-term Outcomes?
Ou seja, estatísticas mostram que os psicotrópicos aumentaram o número de recaídas e aumentaram o número de pessoas incapacitadas depois da internação psiquiátrica.
É lamentável que psiquiatras queiram decidir a vida das pessoas. A única forma REAL de prevenir suicídio é aconselhando a pessoa com muito AMOR e RESPEITO. Psiquiatras e profissionais de saúde mental NUNCA deveriam internar pessoas involuntariamente sob o pretexto de que é para prevenir suicídio. O excelente blog Psychiatry. It's a killing divulgou uma pesquisa arbitrária em que profissionais de saúde mental planejam aumentar o número de internações involuntárias sob o pretexto de prevenir suicídio. Veja:
Hospitals Can Play A More Active Role In Suicide Prevention. WTF?
O excelente Fiddaman Blog também tem uma compilação de notícias chocantes sobre Christina Schumacher, uma mulher que perdeu o filho e o marido (o marido matou o filho e cometeu suicídio em seguida), e com o pretexto de protegê-la de qualquer tentativa de suicídio, profissionais de saúde mental decidiram interná-la involuntariamente. Imagine uma pessoa sofrer uma tragédia familiar e em vez de receber apoio, ser presa num manicômio. Veja:
Christina Schumacher: An Update
Provavelmente o que aconteceu no caso do esquizofrênico Daniel Coutinho que matou o pai foi que o psiquiatra dele de recusou a retirar a medicação; e por consequência esse esquizofrênico decidiu parar de tomar sozinho e teve um efeito causado pela abstinência das drogas. É estranho que psiquiatras sempre tentem jogar a culpa no pressuposto fato do paciente ter parado de tomar a droga psiquiátrica, como vemos na notícia do caso do esquizofrênico Daniel Coutinho:
É muito raro esquizofrênico ter um surto psicótico, diz psiquiatra.
Psiquiatras nunca assumem o fato que há vários casos registrados de pessoas que ficaram violentas como efeito de abstinência de psicotrópicos, como por exemplo, o famoso caso da escola americana "Columbine", e outros casos que foram noticiados na "Fox News". Psiquiatras nunca assumem a culpa de não terem respeitado a vontade do paciente de parar de tomar a droga psiquiátrica, nunca assumem a culpa de não ter supervisionado a retirada da medicação. Você pode ver a reportagem da fox News aqui, se entender inglês:
Antidepressants and School Shootings, Suicide, Addiction.
Original texts in English, for reference:
Robert Whitaker research:
Bockoven’s Retrospective Comparison of
Outcomes in Pre-Drug and Drug Era
1947 cohort: 45% didn’t relapse within five years of discharge,
and 76% were successfully living in the community at the end
of that period.
1967 cohort: 31% didn’t relapse within five years of discharge,
and as a group they were much more “socially dependent”--on
welfare and needing other forms of support--than the 1947
cohort.
Source: Bockoven, J. “Comparison of two five-year follow-up studies,” Am J Psychiatry 132 (1975): 796-801.
AMERICAN JOURNAL OF PSYCHIATRY ONLINE.
If We Follow the Scientific Evidence, What Must be
Done to Promote Good Long-term Outcomes?
Crônicas e textos sobre saúde mental. Por melhores formas de tratamento do sofrimento psíquico. Pelo fim das internações psiquiátricas involuntárias. Por exames laboratoriais antes da prescrição de psicotrópicos. Pela promoção de tratamentos alternativos. Pelo cumprimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pelo fim dos abusos sexuais e exploração infantil.
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Portanto, se houver algo a ser corrigido aqui, publique nos comentários, mas COM PROVAS, como eu faço.
Algumas pessoas, ao tomar medicações psiquiátricas ou drogas ilícitas, não sofrem efeitos adversos significativos (como vemos algumas pessoas que fumam a vida toda e morrem de velhice.) Portanto verei como normal algumas pessoas dizerem que nunca sentiram nenhum efeito colateral ao tomar determinado psicotrópico.
Mas qualquer indivíduo que escrever algo contra as informações técnicas mostradas aqui deve PROVAR IMEDIATAMENTE na mesma mensagem, do contrário terei que deletar.
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