23.9.14

Lidando com o preconceito

Esta é a continuação da postagem A estrada.

Lutar contra preconceitos e discriminação é difícil, é mais difícil ainda quando sofremos preconceitos das pessoas que menos esperávamos, nos locais que menos esperávamos, no momento que menos esperávamos...

No Centro de Atenção Psicossocial, local de atendimento psiquiátrico, aproximou-se de mim uma das pacientes estabilizadas. Eu já conhecia, pois ela já tinha feito curso na escola de informática, onde eu dava aulas no Centro de Atenção Psicossocial. Ela tinha cerca de 40 anos (eu sabia com certeza pois já tinha visto sua ficha), mas era muito mais bonita que muita mocinha de 18 e 20 anos, muito conservada...
Ela olhou para mim, olhou para o livro que eu estava lendo, uma coletânea de peças de teatro de Molière, um de meus preferidos.
- Ah! Um livro, deixe eu ver. Mas está em francês, viu? Para entender francês tem que E-S-T-U-D-A-R, tá? Tem que fazer um C-U-R-S-O.
Apesar de eu tentar explicar para ela que eu já era muito experiente em francês que já tinha lido vários livros, visto vários filmes e programas, falado com vários nativos falantes da língua, aparentemente ela estava convicta que eu estava em algum surto e que eu estava apenas delirando, achando que entendia francês...


Lidando com o preconceito de um sistema preconceituoso
Apenas no ano 2002, aos 25 anos, que eu concluí o ensino fundamental, antes chamado de primeiro grau. Eu concluí o ensino fundamental num programa de educação para jovens e adultos, o que antigamente era chamado de SUPLETIVO. O supletivo possibilitava ao aluno fazer duas séries num ano, ou seja, o aluno podia "passar de ano" no meio do ano. Eu entrei no primeiro semestre de 2002 e no meio desse ano eu concluí o ensino fundamental, pois só me faltava uma série.

Ao terminar o ensino fundamental em 2002, aos 25 anos, o meu psiquiatra da época sugeriu que eu fizesse o ensino médio numa escola técnica, onde eu poderia fazer um curso profissionalizante. Ele justificou essa sugestão dizendo:
"Você conhece vários idiomas, tem um bom conhecimento, por isso acho que você consegue passar."
LÓGICO que eu não consegui passar. Eu sempre tinha sido um péssimo aluno. Tinha sido reprovado na primeira série, na segunda, na sétima e na oitava. Como é que eu ia conseguir passar numa prova de curso técnico, onde concorriam vários excelentes alunos, nerds e CDF's que estudaram nas melhores escolas do Rio? Provavelmente o psiquiatra acreditava mesmo que eu podia passar, pois algumas pessoas devem achar que eu tenho muita facilidade para aprender; inclusive, várias pessoas já disseram "deve ser muito bom para você ter facilidade para aprender idiomas." Meu Deus. Não será esse o maior engano que as pessoas têm ao meu respeito? Eu não tenho facilidade para aprender NADA! Muito pelo contrário. A maioria das pessoas aprende 50 a 100 vezes mais rápido que eu.

E essa dificuldade de aprender complica minha vida, como no caso da menina da escola, a Luciana, quando eu tinha uns 13 anos. Era branquinha, super branquinha, lindíssima... ah eu sonhava com a hora de beijar aquela maravilha! Porém NUNCA tinha beijado nenhuma menina na vida. Um dia eu estava fazendo uma entrega de farmácia num prédio em Copacabana. No elevador, tinha um espelho. E como eu estava sozinho no elevador, decidi treinar beijo, beijando o espelho. Ora, o elevador estava em movimento, não tinha ninguém... eu estava tão distraído no meu treino de beijo, que eu nem percebi quando o elevador parou num andar antes do meu e a porta abriu. Enquanto a porta abria, eu continuava treinando beijo, nem tinha percebido. Só fui me dar conta quando vi as duas meninas, mais ou menos de minha idade, me observando. Parei sem jeito; as meninas se entreolharam, enquanto eu ficava vermelho e queria me esconder no poço do elevador. Daí uma delas perguntou, como se nada tivesse acontecido:
"Está descendo?"
Graças a Deus, estava subindo. Quando a porta do elevador fechou e o elevador subiu, elas devem ter morrido de rir!

Existe uma teoria da psicologia da educação que acredita que algumas pessoas têm QI (Quociente de Inteligência) maior, ou seja, as pessoas com QI maior podem aprender mais, e as pessoas com QI menor não conseguem aprender direito. Na verdade, a ideia do Quociente de Inteligência esconde uma discriminação, uma eugenia, pois todas as pessoas podem aprender TODAS AS COISAS, apenas aprendem de forma diferente, com velocidade diferente; e aprender de forma diferente não significa que tal pessoa tenha maior ou menor inteligência. A inteligência não pode ser medida assim. Talvez a inteligência de cada indivíduo sequer possa ser medida.

Baseado na ideia discriminatória de inteligência superior e inteligência inferior, inventaram umas nomenclaturas que no mínimo fazem a pessoa se sentir rebaixada. Primeiro criaram os termos "idiota", "imbecil" e "retardado", que classificavam as pessoas consideradas menos inteligentes, de acordo com a psicologia. Poucos sabem que as palavras "idiota" e "imbecil" foram criadas por psicólogos e psiquiatras para classificar aqueles que eles acreditavam que tinham inteligência inferior. Depois substituíram os termos "idiota", "imbecil" e "retardado" por "deficientes intelectuais". Quando um médico ou psicólogo "diagnostica" alguém como "deficiente intelectual", está colocando um limite na pessoa, está colocando um bloqueio. Não conhecemos o cérebro tanto para tentar medir a capacidade de aprender das pessoas.

Quando o psiquiatra pensou que eu conseguiria passar numa prova tão difícil, apesar de eu ter sido educado em uma escola de uma região pobre sem recursos, e numa escola de educação rápida para adultos, ele se baseou na ideia de inteligência superior e inteligência inferior da psicologia. Ou seja, ele partiu do pressuposto que se eu tinha aprendido várias línguas eu deveria ter uma boa inteligência. Ele não se preocupou em saber o tempo que eu levei para aprender várias línguas, ele deve ter achado que eu aprendi da noite para o dia ou de um ano para o outro, pois do contrário, como ele ia acreditar que eu ia passar numa prova sem ter tido o ensino de qualidade dos outros candidatos que tinham estudado nas melhores escolas do Rio de Janeiro? Ele pensou baseado no preconceito da psicologia de inteligência superior e inteligência inferior, ignorando as diferentes formas das pessoas aprenderem.

Este sistema educacional preconceituoso mede as pessoas por sua educação formal, e tenta ignorar e desprezar o aprendizado informal autodidata, ignorando o estudo informal.


Lidando com minhas dificuldades de aprendizagem
Desde pequeno, eu já percebi minha dificuldade de aprender, percebi que eu aprendia mais lentamente. Por isso, pensei em uma forma de compensar minha dificuldade:
E se eu fosse 5 vezes menos inteligente que as outras pessoas? Para equilibrar as chances só havia um jeito:
Estudar 5 vezes mais, trabalhar 5 vezes mais!
Pois apesar de aprender muito lentamente, eu tinha uma excelente capacidade de RACIOCÍNIO LÓGICO, de tal forma que da mesma forma que as outras pessoas ficam irritadas com minha lentidão para aprender, eu fico irritado com a lentidão das pessoas de tirar certas conclusões lógicas. E a lógica é clara:
Se eu sou menos inteligente, devo estudar e trabalhar mais, para compensar.

Já com uns 29 anos, eu fazia um curso de férias, de montagem e manutenção de computadores, de uma dessas faculdades privadas. Como eu era o pior aluno, o professor não queria nem me deixar tocar no computador, com medo de eu queimar alguma peça por manuseamento impróprio. A turma achava que eu não tinha jeito para aquilo, que eu nunca aprenderia, aí eu disse:
"Eu demoro mais para aprender que a maioria das pessoas, mas eu aprendo. Eu aprendo muito lentamente, mas mas eu aprendo em progressão geométrica, exponencialmente."
A maioria da turma não entendeu o que significava o que eu disse, mas havia na turma um professor de química, que era entendido em matemática. Ele olhou para mim, com sarcasmo e desprezo, e disse, com um ar irônico:
"Uau! Então você deve ser um super gênio!"
As pessoas geralmente aprendem muito mais rápido que eu, mas em progressão aritmética, enquanto eu aprendo em progressão geométrica, mas mais que isso, em progressão geométrica EXPONENCIALMENTE. O professor de química entendeu, mas talvez eu devesse explicar para você:
Enquanto a maioria das pessoas progridem 1 ponto eu continuo abaixo de 0. Enquanto progridem 2, eu continuo abaixo de 0. E mesmo quando as pessoas progridem 50, eu continuo abaixo de 0... Eu só saio do 0 quando a maioria das pessoas já estão avançadas, com 100 a 0. Depois a minha progressão geométrica começa a ser, pouco a pouco, notada. Os outros fazem 101 pontos, eu faço 1. Os outros fazem 102 pontos, eu faço 2. Os outros fazem 103 pontos, eu faço 4. As pessoas fazem 104 pontos, eu faço 8! Aí começa minha ascensão EXPONENCIAL:
Os outros fazem 105 pontos, eu faço 64 pontos! Os outros fazem 106 pontos, e percebem que já foram ultrapassados, pois aí, exponencialmente, eu já faço 4096!


A ilusão de um sistema educacional preconceituoso
Eu queria criar algo novo, inventar algo novo. E me parecia óbvio que a escola formal não possibilita ninguém a criar algo novo, pois a escola não ensina coisas novas, mas coisas antigas que foram reunidas em livros pelos homens. E mesmo quando a escola passava essas coisas antigas descobertas pelos grandes homens, não ensinava aos alunos como os grandes homens faziam; pois infelizmente me pareceu óbvio que o objetivo dessa escola formal sempre foi CONDICIONAR, deixando o aprendizado REAL para segundo plano. Eu queria me especializar em algo e faze-lo à perfeição. Por isso eu fui pesquisar os homens famosos que tinham criado algo novo, feito alguma descoberta ou faziam alguma coisa a perfeição.

Compartilho algumas de minhas conclusões:

William Shakespeare (1564 — 1616) criou incríveis obras teatrais, como um mestre inigualável. Shakespeare dominava o idioma francês e era um espetacular conhecedor da História Mundial, mas mal tinha o ensino fundamental.

René Descartes (1596 — 1650) formou-se em direito, e não em matemática, física e filosofia, que se tornaram suas especialidades.

Antonie van Leeuwenhoek (1632 — 1723) também mal tinha educação fundamental, mas criou espetaculares microscópios e passou a ser considerado o pai da microbiologia, mas NUNCA tinha estudado biologia numa faculdade.

Charles Darwin (1809 — 1882) tinha estudado um pouco de medicina e teologia antes de fazer suas grandes descobertas sobre evolução, mas ele tinha condições econômicas que realmente facilitavam seus estudos formais, porque ele era de uma família abastada e filho de médico, bem diferente de William Shakespeare e Antonie van Leeuwenhoek, que eram de origem simples. Mas, obviamente, se Darwin seguisse as normas da escola formal, suas descobertas estariam condenadas. Ele fez suas pesquisas escondido da escola formal, pois sabia que seria criticado e proibido, se soubessem. Observe que Charles Darwin NÃO fez NENHUM curso universitário de biologia e nem de filosofia ou naturalismo. Ele completou os estudos de TEOLOGIA. Nenhuma de suas descobertas dependeu da educação formal. Ele seguiu educação formal porque era RICO. Do contrário, ele também mal teria ensino fundamental, como foi o caso de William Shakespeare e Antonie van Leeuwenhoek.

Arthur Conan Doyle (1859 — 1930) estudou medicina, mas acabou se destacando com contribuições à criminalística.

Albert Einstein (1879 – 1955) formou-se em física, mas era filho de um engenheiro, de uma família abastada. Ele dizia que preferiria ter sido um operário...

E o que eu percebi é que ensino universitário MATA a criatividade, pois prende o aluno, tomando seu tempo. POR ISSO que eu sempre evitei educação formal, sempre evitei educação superior. Eu saí da escola apenas com a sétima série; e considero um de meus grandes erros, pois hoje eu estou convicto que deveria ter saído da escola ainda na quinta série. Não tenho dúvida que o tempo que passei fazendo a sexta e a sétima série foi perda de tempo.


Meus estudos
Há cerca de 12 anos, por volta de 2002, depois de eu já ter explorado as línguas mencionadas na postagem A estrada e selecionado algumas para estudar mais profundamente, eu comecei a adicionar mais algumas línguas à minha coleção:
Sueco, hebraico, coreano, chinês, occitano (provençal), híndi, vietnamita, tagalo, swahili, interlíngua, volapuque e ido.

Nos últimos 5 anos eu não adicionei mais nenhuma língua, decidindo-me a focar apenas nas línguas mencionadas.

O coreano, o chinês e o vietnamita são línguas de povos que sofreram muito com a Guerra Fria, são línguas de povos reprimidos, e as línguas de povos reprimidos politicamente são prioridades para mim. A repressão que os povos da Coreia, da China, e do Vietnã sofreram e sofrem, já se vê nas línguas desses países:
Línguas complicadas para aprender, logo, as línguas desses países aumentam as indiferenças.

O hebraico, que era uma língua morta, mas que foi ressuscitado com a criação do Estado de Israel, o volapuque, a interlíngua e o ido, eu apenas vejo como curiosidades linguísticas, pois por se tratar de línguas planejadas, QUASE todos os seus falantes também falam outra língua.

Eu me interessei mais pelo swahili por causa dos personagens dos desenhos, TIMÃO E PUMBA, que eu via muito tempo atrás, em que os personagens costumavam mencionar uma frase do swahili:
"Hakuna matata!"
(Veja, em inglês: ♫ The Lion King - 'Hakuna Matata' Lyrics ♫)

Meu interesse pelo sueco surgiu ao conhecer um garoto, que fazia curso de alemão comigo, que falava sueco.


Minha auto-estima: Nenhuma
O fato de eu dizer que aprendo em PROGRESSÃO GEOMÉTRICA não é por eu ser convencido, é apenas por conhecer a mim mesmo, por ter buscado o auto-conhecimento. É que eu não apenas aprendo em progressão geométrica, mas eu também TRABALHO EM PROGRESSÃO GEOMÉTRICA.

Eu não tenho motivos para ser metido ou vaidoso. Eu venho de uma família bem pobre, houve uma época que catávamos lixo para poder comer. Desde cedo, sofri com problemas dentários. Esses problemas dentários mexem com minha auto-estima mais do que as pessoas imaginam. Desde menor de idade eu já tinha um dente com um buraco enorme que acumulava sujeira, difícil de limpar. Eu me sentia sujo, e com razão. Uma vez, quebrei um dente numa pedra que estava no meio do arroz. Dentes quebrados e furados e falta de condições de tratá-los minam com a auto-confiança de qualquer um. Um buraco em um dente, um dente quebrado com uma gengiva crescendo no meio de um dente quebrado, a dificuldade de limpar, tudo isso faz a gente de sentir um pedaço de lixo.

E quando eu fui jogado num manicômio, eu me senti pior ainda. Diziam que eu estava num hospital, mas não me tratavam, só me entupiam de drogas. Em vários momentos em que eu fui internado em manicômios, eu fiquei vários dias sem escovar dentes lá dentro, não é preciso ser um super gênio para perceber que se houvesse algum tratamento sério nesses manicômios, eles não negligenciariam tanto a HIGIENE DENTAL das pessoas. O que adianta entupir as pessoas de psicotrópicos e não cuidar das outras partes? Que raios de hospital só dá comprimidos e totalmente ignora a saúde geral das pessoas? Como chamar de local de tratamento mental um local que não cuida do CORPO das pessoas? É ÓBVIO que para melhorar a condição mental de uma pessoa é necessário aumentar o seu moral. Como pessoas totalmente desdentadas poderiam ficar bem mentalmente, estando tão abandonadas? Não. Aqueles manicômios NUNCA foram hospitais.

Todas as indiferenças que eu vi nos manicômios me impulsionaram MAIS AINDA a lutar por um mundo melhor, para que no futuro outros jovens não passem por essa situação absurda. Eu tenho muita confiança na área que resolvi me especializar, pois sei que me preparei muito bem, mas não tenho muita auto-confiança. Como teria? Eu confio em MEU TRABALHO, e não em mim. Eu confio no TEMPO que eu levei me preparando.

Qual seria meu trabalho? No que eu teria buscado me especializar desde 13 anos de idade?

CONTINUA em:
Preconceito contra meu trabalho


Primeiro publicado em 18 de abril de 2014.

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Um comentário:

  1. Anônimo9:56 AM

    Nossa Ezequiel, acabei de ver um video muito louco, é uma palestra do Dr. Peter Gotzsche, ele detona a psiquiatria e a indústria farmacêutica, em um momento ele estima que um neuroleptico matou 200 mil pessoas, é impressionante. O video se chama "Medicamentos letais e crime organizado - Dr. Peter C. Gotzsche - Legendado em português" e esta disponivel no youtube. Esse video deveria ser exibido na tv em horario nobre. Abraços :) :) :). Ass: Sandro.

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