5.1.14

Capturado pela velhinha durona

Eu não tenho a data exata deste episódio de minha vida, mas sei que eu era menor de idade, trabalhava na farmácia, em Copacabana, Rio de Janeiro. Eu fui fazer uma entrega da farmácia na Rua Bolívar, no prédio que fica na esquina da Rua Leopoldo Miguez.

O porteiro não estava na portaria e não adiantou tocar a campainha, pois ninguém apareceu. Por isso eu toquei o interfone da casa da pessoa para quem era a entrega, como geralmente procedemos neste tipo de situação. A pessoa apertou um botão lá de seu apartamento e automaticamente abriu o portão e eu entrei para fazer a entrega. Fiz a entrega, mas na hora em que estava descendo, o elevador parou em um andar antes de chegar no térreo. Entraram duas senhoras de uns 70 anos de idade. Aí começou a situação.

- Um ladrãozinho! - disse uma das senhoras.
- Como você entrou aqui?
- Senhora, eu...

Uma das senhoras era mais destemida. Pegou em meu pulso BEM FIRME.
- Peguei ele! Você não vai escapar não, marginalzinho! (algum termo deste nível que eu não lembro exatamente.)

Elas começaram a conversar entre si sobre a segurança do prédio e me ignoraram totalmente. Sequer me deixaram explicar. Como eu obviamente não era nenhum marginalzinho, nem fiquei preocupado, mas realmente é uma situação absurda.

Elas deram um jeito de ir a casa do porteiro e persistiram tanto que conseguiram fazer o porteiro aparecer. A senhora me segurava o tempo todo. A cena chegava a ser engraçada. Será que ela achava que ela era a Alice que batia no Popeye no desenho animado? Senão, se eu fosse um bandido ela ia ter problemas sérios...

Enfim, o porteiro me conhecia, pois eu já tinha feito várias entregas lá anteriormente. Mas a mulher me segurou tão forte que eu pensei que ela não ia mais me soltar. Eu estou até agora imaginando a ENCRENCA e DOR DE CABEÇA que o porteiro teve que suportar com essas donas...

Aí fica uma questão em minha cabeça:
Se eu fosse um garoto bem vestido e NÃO FOSSE NEGRO, será que eu passaria por essa situação ridícula?

Música tema da publicação: Interfone - Só Pra Contrariar.

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