Crônicas e textos sobre saúde mental. Por melhores formas de tratamento do sofrimento psíquico. Pelo fim das internações psiquiátricas involuntárias. Por exames laboratoriais antes da prescrição de psicotrópicos. Pela promoção de tratamentos alternativos. Pelo cumprimento da Declaração Universal dos Direitos Humanos. Pelo fim dos abusos sexuais e exploração infantil.
1.11.13
Para todas as famílias de pacientes psiquiátricos: não cometa abuso de confiança
eu já vi vários pacientes psiquiátricos pobres no CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), sem dentes, machucados, porém a grande preocupação dos profissionais dessas instituições psiquiátricas públicas sempre foi dar psicotrópicos (medicação psiquiátrica). Uma moça que era muito bela ficou deformada e sem dentes. Ela não recebeu nenhuma atenção social. A única coisa que eles davam para a paciente que ficou deformada era medicação psiquiátrica. Claro que uma moça que era belíssima não vai se recuperar apenas tomando psicotrópicos. A família aparentemente sequer está interessada que a paciente se recupere. Apenas querem que ela tome os psicotrópicos para dormir o tempo todo e não causar incômodo com suas crises.
Eu desenvolvi um grande trabalho nas instituições psiquiátricas, trabalhando como educador dando aulas de informática e como participante ativo na Luta Antimanicomial, onde eu contribui para muitas conquistas, por exemplo, na discussão para a criação de novos CAPS III eu estava presente. Além disso participei de mesas com autoridades, interagi em e-mails com o prefeito para direito de usuários de saúde mental.
Nesse blog eu denunciei abertamente vários abusos e regularidades que estavam acontecendo em 2010. Graças a esses abusos eu acabei sendo internado nesse mesmo ano, depois que uma profissional de saúde mental, autoritária, desrespeitou a lei 10216 me recusando presença médica. Logo ao sair da internação em 2010, pedi a um irmão que fosse ao CAPS comigo e com minha mãe para me apoiar. Qual não foi minha surpresa ao ver que o irmão em vez de corroborar as denúncias que eu fiz, começou a falar bem da medicação que eu estava tomando antes, o lítio:
"Graças a essa medicação ele passou a trabalhar." Isso foi um DESRESPEITO tão grande e uma grande molecagem. Se eu aprovasse a medicação eu diria isso no blog. Eu garanto para você que eu não sou burro. Se a medicação me fizesse muito bem eu diria, você não precisa falar por mim. Eu sofri horrores com alucinações provocadas por essa medicação. Se eu estivesse tomando medicação agora ele diria que eu estou sem crises porque acertaram a medicação. Pode ter certeza:
Eu tive méritos no trabalho que eu fiz. Não foi mérito da medicação, não. eu tenho boca para falar. Você não precisa falar da medicação que eu tomei. Respeite a fala de um paciente psiquiátrico. Não fale pelos outros. Aprenda a dar apoio moral. Não preciso de ninguém para me desmentir. É como se uma pessoa chamasse outra para cantar uma música em dupla e a outra pessoa começasse a cantar uma música diferente.
Em 2001:
Confiei em familiares para ir comigo ao Manicômio Pedro II, hoje chamado de Instituto Nise da Silveira, para falar com o pessoal da instituição e reclamar pelo mau acompanhamento psiquiátrico. O mesmo irmão me acompanhou até o manicômio. Lá chegando, ele disse: "Agora eu me recuso a levá-lo até o lugar onde você esteve." Eu não sabia onde era, logo tivemos que voltar. Poucos dias depois eu tive um surto que resultou em um ferimento em minha mão cuja a cicatriz eu tenho até hoje. ele não me apoiou na luta contra o mau acompanhamento naquela época e eu acabei sofrendo por isso na PELE, literalmente. O problema é que o indivíduo se acha esperto demais e acha que só ele pode decidir o que é certo. Nesse mesmo ano 2001, eu mostrei os pulsos machucados pelos maus tratos no manicômio Sanatório Rio de Janeiro e pedi que ele denunciasse. Ele não o fez. Não preciso dizer que a OMISSÃO naquele momento foi grave e prejudicou outros pacientes, pois se a denúncia de maus tratos acontecesse, outros pacientes poderiam ser poupados de maus tratos similares.
Um outro irmão vivia zombando de doentes mentais quando criança. continuou zombando depois de velho, mesmo quando sabemos que doentes mentais merecem respeito. Acabou na cadeia por estupro. Pensei que depois disso ele passaria a respeitar mais pacientes que são presos sem nunca terem cometido crimes. Ele continuou zombando de doentes mentais, fazendo piadas e fofocas.
Uma coisa importante sobre confiança: Em vários momentos, eu disse que não havia necessidade de eu ser internado. Esses irmãos me internaram, apesar de eu ter confiado que eles não iam me internar, pois eu expressei que não queria. Eu disse que não era necessário, como da vez que eu pedi que fosse internado, em 2001 e um irmão negou, o que resultou num surto grave que me deixou uma cicatriz na mão que tenho até hoje.
Confiei quando adulto acabei internado em manicômios contra minha vontade. Confiei neles para me ajudar a defender direitos de usuários no CAPS, em 2010, não precisava de muito, bastava apoio moral, bastava corroborar o que eu dizia e não contradizer o que eu dizia. resultado:
Fui obrigado a me afastar do CAPS, tive que deixar a renda que eu recebia lá, pois do contrário eu não ia poder falar mais nada lá e ia ter que me curvar diante de todos os atos autoritários e abusivos da direção. Meu afastamento fez com que alguns atos abusivos fossem interrompidos e repensados, mas esse efeito teria existido com o apoio moral que me faltou. Com apoio moral eu não precisaria de me afastar.
Acho que todas as famílias de pacientes devem aprender uma coisa:
Não abusar da confiança dos pacientes e RESPEITAR a vontade de pacientes psiquiátricos, pois vocês não estão lidando com bichos.
Quanto a minha família em particular, só deixo uma coisa que eu não queria ter que colocar:
confiei nesses irmãos quando criança e sofri abuso sexual. Confiei quando adulto e acabei machucado, e num manicômio.
A luta contra os maus atendimentos na saúde mental pública precisa do apoio de todos. Mesmo esses irmãos podem ajudar,
ajudando a afirmar que houve mau atendimento em 2001, nos manicômios em que passei, por exemplo. Lógico, podem fazer isso por contra própria, pois eu não confio neles para mais nada e não ando mais com eles, pois não quero ser enfiado num manicômio quando eu menos esperar.
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Um comentário:
Eu sempre publicarei todo tipo de opinião e ponto de vista. que NÃO INFRINJAM AS LEIS DO MUNDO, nem as leis da Internet.
Não são toleradas ofensas a nenhuma das pessoas que comentam.
Links para blogs e sites que falem de saúde mental são bem vindos, desde que não sejam sites criados para vender psicotrópicos.
As informações dispostas aqui são CONFIRMADAS através de várias fontes. A qualidade obtida aqui não se consegue da noite para o dia, mas sim de uma experiência de VÁRIOS ANOS.
Portanto, se houver algo a ser corrigido aqui, publique nos comentários, mas COM PROVAS, como eu faço.
Algumas pessoas, ao tomar medicações psiquiátricas ou drogas ilícitas, não sofrem efeitos adversos significativos (como vemos algumas pessoas que fumam a vida toda e morrem de velhice.) Portanto verei como normal algumas pessoas dizerem que nunca sentiram nenhum efeito colateral ao tomar determinado psicotrópico.
Mas qualquer indivíduo que escrever algo contra as informações técnicas mostradas aqui deve PROVAR IMEDIATAMENTE na mesma mensagem, do contrário terei que deletar.
Se quiser me contatar pode ser através de um comentário.
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entendo a sua dor, minha mãe passa pelo mesmo abuso, vitima de psicotrópicos que destruíram sua vida, com apoio da maioria dos filhos, procuro em vão entidades de apoio...queria ter outro contato
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