9.11.13

Institucionalização: suas consequências e vítimas

Esta é uma republicação de um outro blog, que foi publicada aqui em partes. Foi originalmente publicado em 4 de janeiro de 2010, numa segunda-feira.

Aquela mãe repetia “Meu paciente morreu, mas não tenho nenhum remorso. Sei que fiz tudo que poderia fazer.”

Eu me compadecia por ela, pois sabia que, no fundo, o remorso a consumia. Me compadecia, pois sabia que ela era uma boa familiar. Tanto que somente um bom familiar sentiria remorso, e continuaria lutando para que outros não tenham o destino de seu familiar, como essa mãe fazia.

E lamentava que, aquele rapaz que morrera, paciente psiquiátrico, tinha perdido a mãe antes de morrer. É que a mãe já não o via como filho, e sim como paciente. Ela só o chamava de paciente, e raramente de filho.

Aquela mãe tinha se tornado enfermeira do filho, psiquiatra, psicóloga, ou coisa assim. Não era mais mãe. E ele não era mais filho dela. Era paciente. Não era mais família. Aquele rapaz continuava internado mesmo quando voltava para casa da internação.

Esse é o HOSPÍCIO EXTERNO. O hospício fora da internação.

Agora eu vou contar minha experiência não do ponto de vista de um paciente psiquiátrico ou ex-paciente psiquiátrico. Mas sim do ponto de vista de familiar. Pois como já disse tenho familiares que morreram em instituições psiquiátricas.

Daí que de meu ponto de vista de familiar é claro que eu NUNCA poderia ter sofrido como meus familiares que morreram sofreram. E realmente seria hipocrisia dizer que sofri tanto assim como familiar. Como sei que ninguém da família sofreu como esses falecidos pacientes psiquiátricos da família.

O meu tio que morreu mais recentemente tinha crises constantes e por isso foi abandonado pela família, sendo largado nos hospícios da vida. Ele dava muito trabalho, pois tinha crises constantes.

Com a chegada das leis da Reforma Psiquiátrica, por volta de 2001, ele passou a morar numa residência terapêutica. Mas pelo que me disseram ele era acompanhado praticamente noite e dia por enfermeiros nessa residência terapêutica.

Enfim, essa não é a vida que eu ia querer para mim, e provavelmente você também não ia querer para você. Ele não tinha mais o afeto dos familiares, e praticamente foi condenado a um HOSPÍCIO EXTERNO, pois era monitorado por profissionais de saúde mental dia e noite.

E ele deve ter morrido com sentimentos de culpa. Deve ter pensado “poxa, eu fui um peso para minha família. Não valho nada.” Realmente esse é um dos piores destinos que alguém pode ter.

Quanto ao outro tio, o destino foi mais negro. Ele morreu no hospício. No início da década de 90. Quando estava bem longe de haver a Reforma Psiquiátrica, que fiscaliza UM POUCO os hospícios.

Ele era tranquilo. Estava domado. Se comportava bem. E quando começava a reclamar era internado rapidinho. Por isso suas internações eram constantes. Vivia mais no hospício que em casa.

Naturalmente quando ele morreu no hospício eu logo vi que era óbvio que aquilo não era morte natural. Não era tão ingênuo, apesar de jovem. Pensei que a família ia começar um protesto sério contra isso, mas quebrei a cara.

O que eu, um jovem que era tão pouco respeitado, poderia fazer contra isso? Decidi deixar para tomar providências anos depois.

Claro que na época eu suspeitava que aquela morte não tinha sido uma “complicação” natural. Na época eu ainda não tinha sido internado no hospício. Hoje eu tenho certeza que meu tio merecia um pouco mais de atenção na questão de sua morte.

Ele não morreu num SPA. Morreu num hospício. Talvez eu deva descrever como as pessoas que morrem no hospício são tratadas, a partir de minha experiência de internação.

Na hora do café da manhã, no sanatório, eu me espantei com uma cena de filme de terror. Enfermeiros, ou auxiliares de enfermagem levavam uma figura enfaixada. A figura parecia uma múmia.

Ao levar a figura os enfermeiros, volta e meia, batiam com a cabeça da figura no corrimão, por acidente. Riam, faziam piadas.

Eu já acreditava que aquilo era uma brincadeira de mau-gosto. Como poderia ser real? Mas para meu total terror, eu vim a saber depois que aquela múmia era um paciente psiquiátrico que tinha morrido. Tropeçou no banho!!! Se você visse a estrutura dessa figura você ia duvidar desse tropeção fatal, obviamente.

Claro que ficava cada vez mais claro para mim que lá dentro minha vida não valia nada. Uma pessoa morreu num hospício, dito hospital psiquiátrico, e nem uma perícia decente houve.

O corpo não deveria ser removido só pela polícia? O local da morte não deveria ser interditado? Não deveria haver uma investigação quanto a causa da morte? A polícia não deveria ir ao local? Nada disso aconteceu.

Ou será que alguém acha que paciente psiquiátrico não merece esses procedimentos que as pessoas “normais” têm?

A perigosa relação familiar/paciente psiquiátrico

Na verdade algumas pessoas ficam felizes em serem despejadas no hospício. Encontrei várias pessoas que estavam felizes de estarem internadas. É o caso de pessoas que estavam nas ruas, sem família, e foram recolhidas. Suas feridas foram tratadas, etc. Eles me mostravam grande satisfação.

Nas internações, o grande problema que eu observei foram os casos de pessoas que tinham sido internadas como punição da família. Uns diziam que tinham brigado com o irmão, ou com o pai, e por isso tinham sido internados. Não necessariamente o familiar que interna terá razão, mas ele tem o PODER de internar aquele com histórico de doença mental. E esse tipo de internação é uma violência da parte desses familiares.

Uma vez eu falei para uma conhecida minha que as mulheres que apanham dos parceiros repetidas vezes e não denunciam deveriam ser punidas junto com os parceiros, pois essa violência pode prejudicar os filhos também, que sofrem e se traumatizam com isso.

Daí ela disse que às vezes a mulher ama o parceiro e por isso não denuncia. Para mim ficou claro que ela era uma dessas mulheres que apanhavam do parceiro. Ninguém que ama pratica violência, nem suporta violência. Violência é o contrário do amor, e onde há violência, não há amor.

Daí que eu quero dizer que nenhum familiar que ama vai internar seu parente por punição ou por rancor. Internar desse jeito é uma violência. E quem ama não pratica violência contra seu amado.

E é claro que as pessoas que são internadas dessa forma ficam decepcionadas com a covardia, algumas se revoltam mesmo. Se revoltam também com a maneira em que se internam pessoas sem critério nenhum.

E a manifestação dessa revolta, infelizmente, em vez de ser considerado protesto legítimo, acaba sendo considerado doença mental...

(P.S.: não confundir as palmadas que um pai dá no filho pequeno, que é educação, com o ato arbitrário de internar um adulto como você como forma de punição.)

O que acontece dentro de um hospício/ hospital psiquiátrico que a sociedade não vê

Em primeiro lugar, muitos profissionais dos hospitais psiquiátricos praticam violência não por serem malvados, mas sim porque o local tem um PENDOR para violência, é convidativo para a violência. Praticamente uma escola de violência e bizarrices.

Para começar, o lugar é fechado. O hospício é fechado. O hospital psiquiátrico é fechado. O mundo exterior não vê o que acontece lá dentro.

E você não tem ideia da estrutura assustadora dos hospitais psiquiátricos! No Instituto Nise da Silveira, antigo Centro Psiquiátrico Pedro II, há tantos corredores que parece um labirinto. Você chega a se perder lá dentro!

É como se aqueles corredores fossem de propósito. Para que qualquer um que ouse tentar fugir se perca!!

Nesse tipo de lugar seria necessário câmeras. Câmeras para garantir a segurança. Câmeras de domínio público, que as imagens não fiquem só no hospital psiquiátrico.

Por mais boas que as pessoas sejam, a possibilidade de praticar um ato violento ou ilegal é maior quando se sabe que ninguém está vendo. Quando alguém morre os reais motivos são abafados.

E o que a sociedade não vê é uma violência como rotina. Uma violência que virou normal, num lugar de loucura.

As violências e suas consequências absurdas.

Um paciente psiquiátrico sem camisa bate com força contra um portão do hospício. Ele xinga. Quer chamar atenção para alguma coisa. Ou simplesmente provocar. Ele sai correndo e quando os carcereiros chegam, ou seja, quando os auxiliares de enfermagem chegam ele já fugiu.

Porém outra vez que ele bate no portão ele não é rápido o suficiente. Os auxiliares de enfermagem chegam, seguram-no e o levam para o castigo. Castigo, pois eles sabem que ele não está em crise. Está protestando.

E se estivesse em crise o mais certo seria levá-lo para o psiquiatra, ou para o enfermeiro chefe, que decidiria o que fazer para ajudar (e não para punir).

Qual é o castigo? A pessoa é amarrada na cama.

Um rapaz era amarrado com frequência como punição. Até que... ele passou a fazer algo que me arrepiava: toda vez que ele via algum dos outros pacientes psiquiátricos sendo amarrado ele pedia para ser amarrado também, com ciúme.

Ele chegava ao ponto de bater nas coisas, pedindo para ser amarrado.

__Amarra eu, tioooooo!!!!, ele gritava.

A cena de terror se alargava. Nada pior do que ver auxiliares de enfermagem amarrando pessoas com um sorriso no rosto de satisfação. Nada pior do que ver auxiliares de enfermagem disputando para ver quem tem o “prazer” de amarrar o paciente psiquiátrico.

Enfim, o que pude observar é que o hospício desenvolve comportamentos doentios, não apenas nos pacientes psiquiátricos, mas também nos profissionais que lá trabalham. Tratamentos fechados desenvolvem comportamentos doentios nas pessoas. Ao ponto de passarem a gostar de amarrar pessoas e de ser amarrado.

O relato do terror do hospício, o terror do tratamento fechado (Não fique indiferente!)

Aqueles auxiliares de enfermagem eram jovens, como você já deve ter imaginado. Os enfermeiros de verdade eram mais velhos. Um deles sequer sujava suas mãos amarrando os pacientes psiquiátricos. Outro já me amarrava PESSOALMENTE quando eu estava “enchendo muito o saco.”

No hospício de Engenho de Dentro, Rio de Janeiro, tinha um pessoal especial para amarrar as pessoas. O “pessoal da contenção”. Eles até sabiam amarrar sem oferecer perigo para a vida das pessoas.

Porém, no hospício de Piedade (Rio de Janeiro) quem amarrava eram os auxiliares de enfermagem.

Por serem muito jovens, e naturalmente despreparados para lidar com pessoas naquelas condições, aqueles auxiliares de enfermagem chegavam a ser perigosos, pois amarravam as pessoas sem uma supervisão sequer, de qualquer maneira.

Quando já era animalesco amarrar, amarrar de qualquer maneira gerava risco de morte e de infecções.

Qualquer oposição contra aquele pessoal do hospício de Piedade era motivo para amarrar na cama. Toda oposição era abafada.

Aqueles auxiliares de enfermagem não eram maus, mas sim despreparados. As ameaças que eles faziam eram mais assustadoras que as ameaças de alguns criminosos que havia encontrado na vida, antes de ser internado.

Comum ouvir desse pessoal frases como “Ou vai por bem, ou vai por mal”, isso quando alguém queria resistir ao castigo da amarração.

Uma vez, ao tentarem me amarrar, eles se irritaram com minha resistência e ameaçaram: “Está vendo essa sua cicatriz? (apontaram para a cicatriz que tenho na mão direita.) Se você continuar resistindo vamos fazer outra cicatriz como essa na outra mão.

Eles não estavam brincando. Ou eu respondia violência com violência, ou cedia. Devido a minha crença de não violência preferia ceder. Pois se fosse para continuar resistindo eu ia ter que considerar matar meus agressores.

E realmente esse tipo de violência eu não queria. Tanto por saber que no fundo eles não tinham culpa. Pois aquela violência já tinha virado natural para eles, por trabalharem num lugar como aquele.

Com certeza aqueles auxiliares de enfermagem chegavam a agredir pacientes psiquiátricos a socos. Agrediram a mim, como agrediram a outros. Isso para não falar das vezes que fomos enforcados no hospício. Mas eles sequer percebiam a violência disso.

Realmente eu podia ver que eles viam aquilo como uma correção normal. E aceitável. Esses auxiliares de enfermagem precisavam mais de ajuda que de repressão. O que tem que ser suprimido da face da terra é essa forma de explorar as pessoas colocando vidas em risco.

Em um dado momento um auxiliar de enfermagem descobriu um jeito eficiente de me deter enquanto eu dificultava que ele me amarrasse. Os outros auxiliares já tinham ido. Ele estava tentando acabar de amarrar um de meus braços.

Para acabar com minha resistência e ficar com as mãos livres para me amarrar ele simplesmente meteu o cotovelo na minha garganta e prosseguiu me amarrando. Naturalmente eu comecei a ficar sem respiração e poderia morrer ali.

Daí que comecei a gritar para ele “Você já me matou! Pare!” ao ouvir minha voz sufocada, ele se deu conta. Naturalmente tentei gritar com a voz sufocada mesmo, pois sabia que se continuasse naquela posição acabaria morrendo.

Dessas experiências, naturalmente, eu posso imaginar como meu tio realmente morreu no hospício. Porque, se eu morresse ali, infelizmente não haveria nenhuma investigação para descobrir como eu morri.

Nenhum familiar ia tentar protestar para que houvesse uma investigação. Diriam que eu tropecei e caí, e pronto. Caso resolvido. Quem ia se preocupar em descobrir a verdade?

Nas amarrações, feitas de qualquer de maneira, os pulsos ficavam machucados. O que poderia causar uma infecção.

As amarrações não eram forma de tratamento de forma alguma. Que ninguém seja hipócrita em defender tal ideia! Eu ficava amarrado a noite toda, frequentemente, pois eu estava realmente revoltado contra aqueles absurdos.

Eu os contrariava sempre, e cada vez que os contrariava era amarrado na cama.

E naturalmente não conseguia dormir, pois é muito difícil conseguir dormir amarrado. Pergunte a outros que passaram a noite amarrados na cama.

Que medida terapêutica seria forçar alguém a passar a noite sem dormir?

Quando era amarrado antes do jantar ficava sem comer nada até o dia seguinte, quando era solto. Quando era amarrado antes do lanche da tarde ficava sem comer até o dia seguinte.

Essa era a lei.

E ao ver a indiferença de alguns familiares quanto aos abusos daquele hospício eu realmente podia sentir como meu tio deve ter sentido ao morrer no hospício. Como muitos outros que morreram em hospícios se sentiram.

Entenda que meu tio morreu em 1993. A internação que eu descrevo aqui foi em 2001.

Agora veja: as condições em 1993 eram bem piores que em 2001.

Em 2001 já existiam Centros de Atenção Psicossocial no Rio de Janeiro (CAPS).

Em 1993 a situação estava bem feia.

Não havia CAPS nenhum no Rio.

Só projeto.

Eu fui internado no município do Rio de Janeiro. Meu tio foi internado na Baixada Fluminense, fora do município do Rio de Janeiro. Comparado as condições dos hospícios da Baixada Fluminense o Sanatório de Piedade, onde fui internado, era o paraíso.

Acho que não preciso explicar que o município do Rio de Janeiro recebe mais recursos que os outros municípios. Afinal, é a capital, cartão postal do Brasil.

Ao escrever o título O TERROR DO TRATAMENTO FECHADO me vi num dilema. Afinal, aquilo não era tratamento, nunca. Mas eu coloquei o título TRATAMENTO, pois achei que deveria sugerir que houvesse um tratamento de verdade no futuro, em estruturas abertas, acolhedoras.

Derrubando os muros e labirintos do hospital psiquiátrico

Os CAPS de hoje são estruturas bem mais abertas, mas ainda mantém um pouco do afastamento que os hospitais psiquiátricos tinham. Para entrar num CAPS é muito difícil. Mesmo eu, que sou usuário de CAPS, tenho dificuldade para entrar em outros CAPS. É uma estrutura muito fechada ainda.

Os CAPS na prática não trazem a comunidade para si, como sugere seu projeto original. Por isso eu dou grande valor ao trabalho que o CDI (Comitê para Democratização da Informática) tem desenvolvido nos CAPS e em alguns hospitais psiquiátricos.

Foi muita audácia e coragem do CDI entrar nesse universo fechado da saúde mental e levar esperança para todos aqueles pacientes psiquiátricos e ex-pacientes psiquiátricos, além de ajudar a diminuir os preconceitos e o estigma. Pois a comunidade entra nos CAPS, como nunca foi possível, e vê a nossa realidade.

Saúde mental: direito de todos, problema de todos (Conclusão)

Pena que nesse meu trajeto me deparei com gente que ganha dinheiro com o que aconteceu e acontece nos hospitais psiquiátricos. Gente exploradora.

Também me deparei com gente que se promove politicamente. Me deparei com gente indiferente e muito política.

Gente que mente e manipula, “pelo bem da saúde mental”, essa gente tenta justificar.

E, infelizmente me deparei com gente que está disposta a destruir quem atrapalha seu lucro com doença mental.

No caminho vi gente com objetivos sinceros e humanitários, cuja voz foi silenciada, ou ignorada como sem importância.

Infelizmente, em meu trajeto, fiz inimigos. Gente que mente e faz calúnias a meu respeito. Por que, eu não sei.

Mas por isso eu estou aqui. E eu sei que minha causa, que é justa, prevalecerá, a justiça prevalecerá. Naturalmente não sou ator, nem celebridade. Não sou poeta. Não sou artista. Não sou carismático. Não sou simpático. Sei da solidão de minha luta. Sei do perigo.

Mas também sei que as pessoas sabem se unir pela luta pela liberdade. E sei que em seu tempo essas pessoas estarão lutando pela liberdade das pessoas que enfrentam doença mental com tanta força que essa deixará de ser minha luta.

As pessoas lutarão por tratamentos mais sérios, mais democráticos. Não haverá mais o monopólio dos psicotrópicos. As pessoas perceberão que ninguém pode ficar a margem da sociedade. As pessoas lutarão por mais integridade e inclusão social de todos.

E TODOS nesse caso incluirá os pacientes psiquiátricos e ex-pacientes psiquiátricos que não precisarão esconder seu passado para conseguir um emprego. Será uma luta popular.

As pessoas perceberão que doença mental não é coisa de alguns poucos, como pessoas que ganham dinheiro com saúde mental tentam nos fazer acreditar, mas sim um problema de todos, que todos estão sujeitos.

Será uma luta mais forte que o Movimento Negro e que o Movimento Gay, porque nem todos podem ser negros, e ser gay PODE ser uma opção. Mas a doença mental pode afetar qualquer um, gay ou negro, ou de qualquer cor ou naturalidade.

(Doença mental nunca foi um problema que afeta determinada raça. Mesmo em paises onde há segregação, como os Estados Unidos, dificilmente pode haver famílias sem casos de doença mental, pois é óbvio que as pessoas se misturam. E mesmo se fosse verdade o papo de doença mental ser genética ou hereditária, é claro que a essa altura da humanidade todas as famílias do mundo já têm casos de doença mental.

Talvez alguns tenham vergonha de admitir, talvez alguns desconheçam. Pois não houve nenhum controle para que quem tenha caso de doença mental não se relacionasse sexualmente com quem não tem caso. E a doença mental não aparece como uma chaga no pênis de alguém. Às vezes é mais discreta, como na forma de uma distimia.)

As pessoas não terão mais vergonha da doença mental. A doença mental então deixará de ser discriminada.

Aí sim haverá uma revolução. Uma revolução de verdade, onde a hipocrisia não terá vez.

Assim finalizo esse documento. Por um mundo melhor.

Um comentário:

  1. Eu gostaria muito de publicar um texto seu traduzido para o inglês pois agora que já tenho quase dois anos de blog dá para fazer posts sobre o tratamento no Brasil.
    Se você tiver alguma coisa que queira que eu publique me avisa.
    Já pus o seu blog na minha lista e vou fazer um post a respeito do que você vem publicando.
    Muita paz e obrigada por tudo o que você está fazendo.
    Love,
    Ana

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Algumas pessoas, ao tomar medicações psiquiátricas ou drogas ilícitas, não sofrem efeitos adversos significativos (como vemos algumas pessoas que fumam a vida toda e morrem de velhice.) Portanto verei como normal algumas pessoas dizerem que nunca sentiram nenhum efeito colateral ao tomar determinado psicotrópico.

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