19.2.10

O Paciente Psiquiátrico e o ex-Paciente Psiquiátrico precisam de apoio, e não de monitoramento

Infelizmente ao tentar chamar atenção para alguns problemas no percurso da Luta Antimanicomial eu acabo esbarrando num problema: eu não sou grande orador, não sou um grande falador. Não sou político. Não tenho facilidade para fazer a cabeça das pessoas.

Como já mencionei, o Movimento da Luta antimanicomial no Brasil é um movimento de técnicos de saúde mental, e não de usuários de saúde mental. Mas o movimento não deixa de ser importante por isso.

Eu só lamento que os usuários em saúde mental do Brasil não tenham iniciativas ousadas como os usuários em saúde mental dos Estados Unidos.

Já que os usuários em saúde mental dos Estados Unidos criaram seus movimentos de maneira independente, e contrária aos técnicos, muitas vezes.

Isso talvez seja pela trajetória de ambos os países. Enquanto que os Estados sempre foram o país da liberdade, o Brasil infelizmente foi marcado pela ditadura e pela repressão. Repressão que infelizmente continua, apesar de disfarçada. Essa repressão se vê no voto obrigatório, por exemplo.

Daí que entendo perfeitamente as boas intenções de muitos técnicos de saúde mental que buscam acompanhar os usuários de saúde mental, mas o problema é quando esses técnicos passam a entrar demais na vida dos usuários, pacientes psiquiátricos e ex-pacientes psiquiátricos.

Não é entrar se tornando íntimo, mas sim dizendo o que fazer, orientando demais. É que chega um momento que os técnicos, liberais não chegam a tomar decisões pelos usuários, mas infelizmente fazem a cabeça dos usuários, não os deixando pensar livremente.

Eu até entendo as boas intenções desses técnicos, mas não posso negar que gera pessoas acomodadas e sem pensamento próprio. Incapazes de tomar decisões.

Incapazes de discordar da menor coisa que seus líderes técnicos dizem. E um ponto importante: que autoridade psicólogos e psiquiatras têm para ensinar usuários de saúde mental a melhor forma de viver?

Não existe nenhum cursinho mágico que ensine mais que a experiência de vida. E temos que admitir que geralmente pacientes psiquiátricos e ex-pacientes psiquiátricos têm mais experiência, tem muito mais experiência de vida que profissionais de saúde mental, por motivos óbvios.

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